Luís Campos, diretor desportivo do Paris SG, esteve à conversa no primeiro dia do Thinking Football Summit e abordou os negócios entre o clube francês e o Benfica. Além disso, destacou a «brutalidade» da redução do valor dos direitos televisivos em França.
«Teve um impacto muito grande e no PSG teve um impacto de 50 milhões de euros, o que significava comprar mais um bom jogador para a equipa. Esse dinheiro fez e faz muita falta ao futebol francês, claro que sim. Uma das minhas maiores tristezas quando soube a queda brutal dos direitos desportivos foi a interrupção da campeonato sub-23, que ia acontecer pela primeira vez em França este ano. Isso tem umas implicações graves, muito graves no futebol», enalteceu.
Sobre os negócios de Juan Bernat e Julian Draxler, ambos cedidos ao Benfica em épocas passadas, o dirigente dos parisiens declarou que «ninguém imaginava que os jogadores se iriam lesionar» e reagiu à fase atribulada (com várias lesões) de Renato Sanches.
«É um jogador fabuloso. Infelizmente está numa fase... as lesões acontecem. Todos os clubes tentam ajudá-lo para que as lesões não voltem a acontecer. Há trabalho a fazer com o Renato. (...) é um grande jogador, uma grande pessoa e vai passar esta fase com a ajuda de todas as pessoas que gostam dele», começou por dizer.
«São coisas que acontecem. Nenhum de nós pensava que o Juan Bernat, que é um excelente jogador, se iria lesionar, e que o Draxler, que também é um excelente jogador, se iria lesionar também.»
Sobre o futebol português, mais concretamente sobre o público nos estádios, Luís Campos demonstrou sentir «alguma inquietação» quando encontra muitos dos estádios vazios.
«Em Portugal temos muito pouca gente nos estádios. É verdade que temos o Benfica, o FC Porto e o Sporting, que estão sempre cheios, mas muitas vezes entristece-me quando ligo a televisão e vou ver um jogo português ou quando me desloco para observar um jogador ou um treinador em Portugal e encontrar muitos estádios vazios. Provoca-me alguma inquietação», concluiu.