Lei do desperdício impede saltos

O Belenenses bem tentou aproveitar a vantagem numérica na 2ª parte, mas esbarrou em alguma pressa desnecessária e ineficácia e acabou por empatar a zero com o Amarante, perdendo a oportunidade de se colar ao Lourosa na liderança da fase de subida da Liga 3.

A jornada havia arrancado com dois nulos entre candidatos à subida na Liga 3 e, por isso, o jogo no Restelo adquiria um «sabor» especial. O Belenenses recebia o Amarante e qualquer uma podia entrar no top-2. No arranque do jogo, os de Belém procuraram claramente ter mais bola e foram tentando criar superioridade no miolo com a adição de Diogo Paulo. Os forasteiros, por sua vez, eram mais incisivos e apostavam na transição, onde Godwin, na esquerda, e Zangré, na direita, eram os mais perigosos.

Contudo, a verdade é que ambas as equipas baixavam bastante o bloco defensivo quando o adversário tinha a bola controlada no seu meio campo e isso dava pouco espaço de manobra aos mais criativos e influentes ofensivamente. Tal fez com que se jogasse longe das balizas e as oportunidades flagrantes foram escassas. A 1ª parte não terminaria, no entanto, sem que o Amarante ficasse reduzido a dez, depois de Godwin ter sido infeliz: o lateral arrancou pela esquerda, entrou na área e, quando se preparava para rematar, em esforço, acertou em Nuno Tomás, acabando a ver o segundo amarelo e consequente vermelho.

O arranque da 2ª parte foi algo incaracterístico, com muitas paragens e uma lesão, mas acabou por acalmar e o Belenenses assumiu devidamente as rédeas, como era esperado. O técnico dos azuis, João Nuno Caromeu, foi tentando «alimentar» a equipa com outras armas ofensivas - fez entrar Diogo Leitão, Camilo Triana e Ekanga Ondoa - e a equipa do Restelo aproveita a descida de linhas do Amarante - praticamente inoperante com bola na 2ª parte - para crescer e aproximar-se da área adversária.

Apesar disso, o Belenenses foi sendo algo apressado na tomada de decisões e não pensou o jogo devidamente no último terço, insistindo em excesso, e cedo de mais, nos cruzamentos para a área. O Amarante foi-se defendendo bem e, quando não o fazia, estava Didi entre os postes a grande nível, o que culminou no inevitável 0-, o 3º do dia e da jornada, no que à fase de subida diz respeito.