Jonas foi detido esta segunda-feira no aeroporto de Lisboa. Segundo a notícia avançada pela CMTV, a detenção ocorreu quando o jogador do Benfica chegava de um voo vindo do Brasil.
A mesma fonte avança que o brasileiro foi detido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que terão sido alertados por um alerta do sistema de segurança, uma vez que a Interpol teria um mandado para a identificação do seu paradeiro.
O antigo jogador esteve retido até à chamada de dois inspetores da Autoridade Tributária, que lhe aplicaram a medida de coação mais leve, de termo de identidade e residência. O futebolista terá sido constituído arguido na ´Operação Fora de Jogo´.
Este processo, que teve início em março de 2015 e final em 2020, instaurou seis inquéritos e constituiu um total de, até então, 47 arguidos no universo do futebol. A operação foi levada a cabo pela Autoridade Tributária e pelo Ministério Público e envolveu buscas às principais SAD dos clubes portugueses, incluindo o FC Porto, Benfica, Sporting e SC Braga.
Já em novembro de 2021, deu-se início a um novo conjunto de buscas, conduzidas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que confirmou cerca de duas dezenas, domiciliárias e não domiciliárias.
«Em causa estão suspeitas de negócios simulados, celebrados entre clubes de futebol e terceiros, que tiveram em vista a ocultação de rendimentos do trabalho dependente, sujeitos a declaração e a retenção na fonte, em sede de IRS, envolvendo jogadores de futebol profissional. Os valores envolvidos rondarão os 15 milhões de euros. Os factos em investigação são suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal, fraude à segurança social e branqueamento de capitais», confirmou então o Ministério Público.
Entre os alvos das buscas estiveram a Gestifute, empresa de Jorge Mendes, o escritório do empresário Bruno Macedo e do seu pai, Vespasiano Macedo, ex-advogado de António Salvador. Também os estádios de SC Braga e Vitória SC foram alvo de buscas.