II Liga | Miguel Leal regressou para colocar Cova em caminho vitorioso

Miguel Leal já conhece a casa, uma vez que treinou o Cova da Piedade há dois anos, mas teve apenas cinco dias para trabalhar no seu regresso ao clube antes de chegar o dia do jogo, no terreno do Benfica B. Para assinalar o regresso, nada como uma vitória, e foi isso que os almadenses conquistaram, oito jogos depois da última.

Se os visitantes ganharam algum conforto na tabela com três pontos valiosos que elevam a equipa para a 14ª posição, o Benfica B não sente o mesmo, uma vez que vive atualmente a pior fase sob o comando de Nélson Veríssimo: é a terceira derrota nos últimos cinco jogos.

Jogo de fases

Nélson Veríssimo elegeu um onze que incluía três jogadores com idade de júnior (Tomás Araújo, Martim Neto e Henrique Araújo), mas nem por isso o Benfica B deixou de jogar como uma equipa experiente, ditando o ritmo de jogo desde o pontapé de saída. João Ferreira, David Tavares e Úmaro Embaló foram os mais esclarecidos nos minutos iniciais, em que os encarnados foram completamente donos da bola e jogaram quase exclusivamente no seu meio campo ofensivo. 

David Tavares deixou o primeiro aviso com um remate que foi desviado para canto, mas a maior chance foi de Henrique Araújo, quando apareceu na área para fazer o golo, mas só encontrou o lado de fora das redes de Adriano Facchini.

Os primeiros minutos do Cova da Piedade no regresso de Miguel Leal foram mais de sofrimento, com o maior destaque a cair para os momentos em que conseguiram sair a jogar com categoria entre a pressão alta da equipa caseira. Foi só depois dos 20 minutos iniciais que conseguiram realmente criar algo seu no ataque.

Cele foi o melhor em campo ©Clube Desportivo da Cova da Piedade - Futebol, SAD

Ocasiões desperdiçadas

Se o Benfica não se viu a perder por 0x2 ainda na primeira parte então bem pode agradecer a Mile Svilar, que se evidenciou novamente ao agarrar um remate muito perigoso de João Vieira, mas essa não seria a única ocasião desperdiçada na reta final da primeira parte, pois também a formação caseira deixou um golo fugir, quando Úmaro embalou pelo centro do terreno e soltou Henrique Araújo na cara do golo, mas o jovem avançado atirou muito por cima.

O Benfica B deixou bem claro que não tinha qualquer tipo de interesse em somar uma derrota este domingo, e por isso assumiu por completo a despesa do jogo, ainda que tenha tido pouco retorno. Com o tempo a passar e os golos a não chegar, Nélson Veríssimo subiu cada vez mais o risco ao colocar homens de ataque em campo, mas nem assim surgiam ocasiões de relevo.

Cele, incansável, pressionou a saída dos encarnados até aos 81 minutos, altura em que a pilha acabou e foi finalmente rendido por Patrão que ainda viu um amarelo por interromper um contra-ataque do Benfica. Sem o sul africano em constante «limpeza», o Benfica subiu mais facilmente no terreno, mas um cabeceamento de Duk e um remate de Samuel Pedro foi tudo o que conseguiram alcançar, e o resultado já não se alteraria.