O EHF Euro 2024 está prestes a começar. Portugal volta a marcar presença entre as 24 seleções qualificadas para a prova que vai decorrer de 10 a 28 de janeiro. Nesse sentido, o zerozero vai apresentar, ao longo dos próximos dias, peças relacionadas com tudo o que envolve a competição.
Grécia é o primeiro adversário de Portugal na fase de grupos do EHF Euro 2024. Na Olympiahalle Munchen, em Munique, o hino grego vai soar pela primeira vez nesta fase da prova, uma vez que o conjunto orientado por Georgios Zaravinas fez história ao marcar presença na competição.
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O duelo com Portugal, porém, é inédito: nunca estas duas seleções se tinham enfrentado. Nesse sentido, o zerozero foi tentar conhecer melhor esta seleção grega e foi ao encontro de Patrick Lemos, brasileiro que passou por Portugal no FC Porto, Artística de Avanca e AD Sanjoanense, antes de vestir a camisola do Olympiakos e AEK, onde está atualmente desde 2020/2021.
Crescimento notório
Tal como referido anteriormente, Grécia não está habituada a andar por estes palcos. A última participação de renome remonta para o Mundial de 2005, onde conseguiram o sexto lugar, depois de perderem diante de Sérvia e Montenegro no último jogo. Desde então, têm lutado para estar no lago dos tubarões, mas tiveram de esperar 19 anos para sentirem um friozinho na barriga. «Alcançaram um grande feito, que é jogar o Europeu. Tentaram durante vários anos, mas só agora é que conseguiram alcançar esse objetivo.»
Com a maior parte dos selecionados a atuar no campeonato grego, sobretudo no AEK e Olympiakos, os jogadores já se conhecem há vários anos e estão habituados a partilhar as mesmas cores. «Existem poucos atletas que não estão por aqui. É bastante benéfico, pois ajuda a construir química. Acho que a única exceção acaba por ser o Theodoros Boskos, que representa o Puente Genil, de Espanha.»
Nas três principais provas europeias - EHF Champions League, EHF European League e EHF European Cup -, Grécia tem apenas um representante: o Olympiakos, que ultrapassou o MRK Trogir, da Croácia, nos 1/16 de final da última competição referida. Diomidis Argous, PAOK e AEK já se despediram das provas europeias, pois acabaram eliminados em distintas fases.
Ainda assim, isso demonstra a trajetória ascendente do andebol grego. «O nosso campeonato está cada vez mais forte. Temos dois jogadores que passaram pelo FC Porto, o Thomas Bauer e o Ivan Sliskovic. Existem vários atletas com qualidade e que estavam habituados a jogar a EHF Champions League. Esta evolução acaba por refletir-se nos escalões jovens e na seleção nacional do país, que tem demonstrado progressão ao longo do tempo», acrescentou.
Não se medem aos palmos
Progressão acaba por ser a palavra que melhor define esta escola do andebol nos últimos anos, que chega à competição com vontade de surpreender os Heróis do Mar. «Portugal tem uma tarefa complicada porque eles são todos muito baixos e rápidos. Utilizam bastante o 1 contra 1 e são bastante aguerridos, não dando nenhum jogo por perdido.»
E a quem é que Portugal tem de fazer marcação «cerrada»? «Têm dois ou três jogadores que se destacam. Na minha opinião, o melhor jogador era o lateral esquerdo Christodoulos Mylonas, mas teve uma lesão grave nos ligamentos e acabou por terminar a carreira. O Achilleas Tóskas também pode desiquilibrar, apesar de ter apenas 19 anos. Remata muito bem dos nove metros e essa é a sua principal arma.»
Falta pouco para as duas seleções entrarem em ação. Portugal de um lado, Grécia do outro. O favoritismo está do lado português, habitual presença nesta fase. É o início do sonho para ambos os conjuntos. Nada se vai definir neste jogo, mas pode ser importante para a moral dos restantes. Vamos a isso?