No jogo de apresentação, que também serviu de homenagem a Bobby Robson por FC Porto e Newcastle, os dragões aplicaram as boas práticas de attack que o inglês tanto plantou. Com uma exibição segura e de ascendente sobre os magpies, só faltaram mesmo os golos à equipa de Conceição, que acertou duas vezes no ferro e que está bem mais apresentável para a Supertaça.
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Perante os seus adeptos, que cedo se deslocaram para o Dragão, ávidos de festa, de recordação pelo sucesso recente e ansiosos por ver novos rostos e bom futebol, os portistas pegaram no jogo desde cedo, como se lhes exigia, arrumados num 4x2x1x3 em que Otávio era o playmaker da equipa no processo ofensivo. Sérgio Conceição quer insistir no brasileiro, este referiu recentemente que quer uma época de afirmação total, mas os sinais têm de ser melhores do que os que se viram até aqui - tal como Aboubakar (apesar de melhor e mais soltinho que no final da época, ainda lhe falta confiança), também saiu ao intervalo.
Foi uma primeira parte de ascendente portista, embora sem grandes oportunidades. Aboubakar teve uma em bola corrida, Sérgio Oliveira teve de cabeça (depois de canto do inigualável Telles), mas foi tudo pouco frutífero.
Mudanças travadas no ferro
Se a primeira parte, mesmo com ascendente portista, foi pobre, a segunda teve bem melhores condimentos. Com as substituições, o FC Porto passou a jogar em 4x4x2 (Marega passou para o meio e juntou-se a Soares) e do banco vieram bons acrescentos.
Corona entrou com a corda toda e fartou-se de arquitetar bons lances de ataque, Sérgio Oliveira teve 15 minutos de muita presença e rematou quase até ao golo (atirou um livre à trave) e Soares teve bem mais chama finalizadora - rematou à trave e cabeceou para defesa do guarda-redes e para cima.
15 minutos muito bons, que mereciam vantagem portista, mas que não tiveram reflexos no marcador nem continuidade nos minutos seguintes, onde as muitas substituições quebraram o ritmo do jogo. Isto embora o domínio fosse sempre do campeão nacional.
E ainda deu para ter duas certezas: que são precisos alguns reforços e que vários jogadores ainda podem ser dispensados. A tal questão da qualidade, que Sérgio Conceição há umas semanas se queixou.