Andros Townsend é um nome familiar do comum adepto de futebol, em especial para os apaixonados pelo futebol inglês. Com 32 anos e uma carreira feita maioritariamente na Premier League, o internacional por Inglaterra vê a fama das lesões atrapalhar-lhe um percurso que podia ter conhecido novo destino no Burnley, clube no qual esteve à experiência na última pré-época, onde até defrontou o Benfica.
«Foi provavelmente uma das mais duras conversas que tive na minha carreira. Se estivesse mal e soubesse que não ia ter o contrato, não me teria preparado como fiz. Procurei casas, escolas, falei até sobre o número para a camisola...», disse o jogador em jeito de introdução, para o Monday Night Club, da BBC Radio 5.
«Depois, dizerem-me que o contrato já não estava em cima da mesa. Aquilo abalou o meu mundo. Apresentei os meus argumentos, disse que dava algo diferente, que não me importava de ser um jogador de rotação, que criaria bom ambiente mesmo não jogando», explicou ainda.
Com a hipótese Burnley colocada de parte, após a tal conversa com Vincent Kompany, Townsend não desistiu de encontrar colocação, algo que se tem revelado uma tarefa complicada, dado o seu registo clínico.
«No último dia de mercado, estive de manhã à noite na Turquia. Um agente disse-me "está 100% garantido". Esperei o dia todo e não aconteceu. Já passou um mês, as pessoas continuam a dar-me falsas esperanças. Um agente qualquer disse-me que um clube da terceira divisão saudita e o seu presidente estava desesperados por contratar-me», prosseguiu.
«Depois de ponderar, fiquei interessado só por jogar futebol de novo. Liguei-lhe na manhã seguinte, no dia do fecho de mercado de lá, para marcarmos uma reunião. Aí o presidente disse que não queria contratar ninguém», lamentou.
«A situação passa pelo facto de não jogar um jogo oficial há ano e meio. Por isso, pela minha idade e falta de minutos, os clubes ingleses não querem correr riscos. Olhei para o estrangeiro, pensei que os clubes ficassem interessados em contratar um jogador com a minha experiência, mas voltou a história da falta de minutos», cimentou, antes de concluir a história em torno da sua situação.
«Uma lesão nos ligamentos é muito complexa e quando os jogadores estão na fase final da carreira por vezes não recuperam totalmente. Os treinadores não querem ter jogadores à experiência a meio da temporada, pois isso envia uma mensagem de que não confiam nos que lá estão. Estou à espera que o telefone toque...», finalizou.
![]() | ![]() |
![]() |