Emoção até ao fim: Lusitânia e Académica empatam em jogo de loucos

Para Lusitânia e Académica, a Liga 3 24/25 começou na ilha Terceira, em Angra do Heroísmo. Pelos mares dos Açores, Pedro do Rio foi o homem do leme para os verdes da Sé, que não conseguiram acalmar a vontade dos estudantes - empate resgatado no último lance do jogo (3-3).

A formação caseira deu início ao duelo com uma das melhores oportunidades dos 90 minutos: Celso Sidney apareceu na área e assustou com um remate que tirou tinta ao poste. Contudo, a briosa não tardou a assumir as rédeas do encontro; teve mais bola e encostou o adversário à grande área.

Contra a corrente do jogo, surgiu o golo do Lusitânia. Um passe primoroso de Legatheaux encontrou Pedro do Rio, que dominou, sofreu uma carga, continou e chutou cruzado para o primeiro da tarde, o primeiro do Lusitânia na Liga 3.

No que restou do primeiro tempo, a Académica não voltou a exibir o nível que demonstrou antes de sofrer, o que não foi problema: mal começou a segunda parte, os visitantes marcaram. Outra bela assistência - desta feita, de Lucas Henrique - e foi Perea, ex-Lusitânia, a arrancar e a picar, com classe, por cima de João Monteiro.

Nos segundos 45 minutos, houve boas oportunidades, intensidade e golos, um para cada lado. O Lusitânia marcou aos 88', graças ao bis de Pedro Rio: com espaço, progrediu e chutou forte, rasteiro e de fora da área. Um minuto depois, Noah Santos penteou o cruzamento de Gildo e reestabeleceu a igualdade. 

A reta final foi de loucos: jogadores no limite, emoção ao rubro e «bola cá, bola lá». Num contra golpe, António Montez tocou com a mão na bola na grande área. Grande penalidade assinalada, bola para um lado, guarda-redes para o outro, hat-trick para Pedro do Rio. Quando o resultado parecia decidido, a cabeça de Gonçalo Ferreira disse «sim» ao empate no último lance do encontro. Jogo de loucos, empate merecido e muito entusiasmo para acompanhar o futuro das duas equipas.