Bicampeão no Estádio das Antas, campeão em Alvalade. Na véspera de FC Porto-Sporting, Edmílson Pimenta é o convidado especial (e perfeito) do zerozero. Um talento selvagem, de cabelo loiro e livre, além de muito futebol no pé direito.
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O prazer pelas saídas noturnas, normalmente bem acompanhado, nunca lhe roubou o rendimento. Foram 30 golos nos dragões, mais 19 nos leões e uma passagem pelo PSG lá pelo meio.
«Eu era um homem da noite, mas gostava muito de treinar. Fisicamente sentia-me sempre muito bem. E sair fazia bem à minha cabeça», revela Edmílson nesta conversa sem tabus e sem preconceitos, despreocupado com a opinião alheia. O título escolhido alude a uma célebre saída a Póvoa de Lanhoso, a quase 80 km do Porto.

Menino querido de Bobby Robson e António Oliveira nas Antas, Edmílson foi memorável protagonista de duas gloriosas vitórias azuis e brancas. Num espaço de uma semana esteve no 2-3 em San Siro ao Milan e no 0-5 ao Benfica na Luz, para a Supertaça.
«Acreditávamos muito em nós. Individual e coletivamente tínhamos muita força. Cada um sabia o que podia render. Entrávamos com esse espírito e as coisas corriam normalmente bem», recorda, numa visita emocional aos estúdios do zerozero.
Esta é a PARTE I da conversa com Edmílson, focada sobretudo na chegada a Portugal em 1993, para o Nacional da Madeira, e nas passagens por Salgueiros e FC Porto.
[Na próxima semana, Edmílson explica o falhanço na mudança para Paris e o regresso ao nosso país pela porta do Sporting, a convite do amigo Carlos Manuel]