O juíz lisboeta decidiu pendurar o apito, explicando que tal se deveu a problemas físicos que o impedem de estar ao mais alto nível, segundo o próprio.
«Esta foi uma decisão lógica e tomada de forma tranquila. Estou muito grato pela carreira que tive, foram 25 anos fantásticos, que me deixam orgulhoso. Comecei com 18 anos, era uma criança, saio com 43, depois de ouvir a voz do meu corpo. Era a altura certa para perceber que eu já não estaria com as mesmas condições físicas para o futebol ao mais alto nível. Sei que saio depois de ter esgotado todas as possibilidades de tentar estar ao mais alto nível. Tomo esta decisão também para bem do futebol», atirou, em conferência de imprensa.
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, tinha falado precisamente desta decisão, antecipando que outros motivos estariam por detrás da mesma. Duarte Gomes negou.
«Toda a gente é livre de opinar, mas quero deixar claro que esta decisão se resumiu a questões físicas. Sempre me dei bem com todos os meus colegas, com os meus dirigentes, tenho uma personalidade conciliadora e não saio contra ninguém nem com mágoa de ninguém. Fui árbitro por opção», relembrou.
Por fim, um olhar sobre o futuro. O agora ex-árbitro negou estar a pensar na presidência do Conselho de Arbitragem, mas não fechou a porta ao dirigismo, ainda que não por agora.
«Nesta altura, o mais importante para mim é a recolha. Tenho que me desabituar do quotidiano de 25 anos e encontrar outras metas. Eu sou uma pessoa de arbitragem e não apenas árbitro, portanto, naquilo que eu puder ser útil no futuro, eu terei todo o gosto em poder ajudar a que a arbitragem seja ainda melhor».