O FC Porto voltou a perder em casa para a Liga Bwin, depois da derrota frente ao Benfica, e vê as águias ficarem a oito pontos de distância. Num jogo com muitos protestos dos dragões à arbitragem de Rui Costa, a equipa de Sérgio Conceição terminou com nove jogadores e viu o Gil Vicente virar o resultado (1-2). Os barcelenses venceram pela primeira vez no Dragão.
A todo o gás e sem haver tempo para esperar e sentir as primeiras sensações. A entrada do FC Porto foi poderosa e eficaz: na primeira jogada do desafio Taremi marcou, mas foi apanhado em posição de fora-de-jogo e dois minutos depois fez o golo, mesmo a sério.
A equipa do Gil Vicente entrou em falso, deu espaço para os dragões jogarem à vontade e a equipa de Sérgio Conceição não ampliou a vantagem por mero azar: Pepê falhou de baliza aberta, Danny Namaso acertou na barra e tudo fez parecer que os dragões teriam o jogo controlado.
Os portistas exploraram na perfeição a zona intermédia, os passes de rutura de Otávio e Uribe, tal como a velocidade de Danny Namaso e João Mário. Era um jogo simples, fácil e que os gilistas não conseguiram controlar.
Que mudança
O Gil Vicente sofreu muito nos primeiros minutos e mesmo que o facto de ter mantido a identidade pudesse ter sido sinónimo de mais um par de golos sofridos, a equipa de Daniel Sousa ganhou confiança a cada minuto que o desafio avançou.
Os minhotos não tiveram problemas em ser mais lentos na saída, mas criteriosos na forma como se posicionaram no ataque. A equipa explorou as aventuras ofensivas de Wendell e as fragilidades da defesa portista foram postas a nu. O golo de Fran Navarro foi uma consequência da boa organização ofensiva do Gil Vicente e da forma clara de atacar.
O jogo mudou de sentido. Foi claro, Conceição sentiu isso e colocou de imediato Zaidu e Gonçalo Borges a aquecer. No entanto o pior, para o FC Porto, surgiu pouco depois. Rui Costa expulsou João Mário, por mão na bola, depois de ter ido rever o lance no VAR e o nervosismo entrou em campo na pele dos jogadores portistas. A maior vontade em disputar cada lance fez com que Uribe, num lance dividido atingisse Boselli e, novamente, depois de ter ido ver as imagens, o juiz da partida assinalou grande penalidade: Murillo converteu e o Gil Vicente virou o resultado.
Tensão, muita tensão
Conceição mexeu ao intervalo, mas o FC Porto não conseguiu, praticamente, fazer o que o treinador pretendeu. A expulsão de Uribe, aos 52 minutos, fez com que os dragões tivessem ainda mais dificuldade em chegar ao ataque.
O Gil Vicente congelou a bola, andou a variar o jogo e a correr muito. O buraco portista no meio campo foi muito evidente e a equipa demorou a dar um clique. Invariavelmente, Pepe comandou as operações e empurrou os colegas para a frente, mas a frescura da confiança não foi acompanhada por todos.
O FC Porto ainda conseguiu marcar, por Eustaquio, mas o médio foi apanhado em fora-de-jogo. Foi mais um balde de água gelada para os azuis-e-brancos que muito tentaram, mas faltaram lances de golos iminente.
Quando Rui Costa apitou para o final do jogo os adeptos do FC Porto, de pronto, começaram a apoiar a equipa de Sérgio Conceição. Os dragões, depois deste jogo, estão a oito pontos de distância do Benfica e podem ser ultrapassados pelo SC Braga, que só joga esta segunda-feira, em Guimarães, o Dérbi Minhoto.