Eis as principais figuras do duelo entre Sporting e Borussia Dortmund (0-3), referente à primeira mão do playoff de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões.
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Um faz tudo matador
No primeiro tempo, foi seguro nos apoios e mostrou-se confortável em recuar até ao setor intermédio para sair auxiliar a equipa a sair a jogar: o cenário comum nessa fase, onde o Dortmund sentiu mais dificuldades e necessitou destas características do avançado. Depois de desaparecer do mapa da defesa leonina, chateou - e de que maneira - no segundo. Atrapalhou Rui Silva, marcou de cabeça e ainda deu a finalizar. Partida completa de um avançado ainda mais completo.
Como posso assisti-lo?
Tem um toque completamente diferenciado, como evidenciou - e fez a diferença - no segundo tempo. Flutua entre-linhas e faz a equipa jogar. A criatividade e imprevisibilidade do Borussia Dortmund passa muito pelos pés - e, sobretudo, pela cabeça - de Julian Brandt. Duas assistências, dois passes cheios de mel, onde seria quase um crime falhar. A camisola 10 do Dortmund, que já foi de Mario Gotze outrora, tem o dono certo.
Quando a maré não esteve favorável...
... Foi Pascal Gross que apareceu e deu vida/esperança ao conjunto amarelo. O Dortmund passou por muitas dificuldades no primeiro tempo e, nesse período, o médio destacou-se. Tentou ter bola no meio-campo leonino e apareceu várias vezes em zonas de finalização: primeiro, só não foi à baliza graças a um corte de Diomande e, depois, tentou agitar o jogo com a meia distância. No segundo tempo, os colegas aproximaram-se do seu nível, mas Gross continuou a ser destaque: pelo auxílio no sufoco ao leão e pelo segundo golo.
A alternativa lógica
Começamos este destaque por dizer que Debast, logicamente, não é Morten Hjulmand. Ainda assim, olhando para o plantel leonino, consegue ser a alternativa mais próxima do capitão leonino. Muita qualidade no capítulo do passe - tem uma técnica ímpar nesse momento do jogo, como já por várias vezes provou - e sempre pronto a ajudar na construção, ao baixar no terreno e assumir a batuta. Além disso, foi forte nos duelos, sem medo do choque e de ir ao chão. Tentou ajudar no último terço, mas aí não faz tanto a diferença como outros - apesar de ser dono de um bom remate. No cômputo geral, foi dos melhores dos leões e mostrou ser uma excelente opção - a melhor do plantel, talvez - para fazer de Hjulmand.
Um atrapalha nórdicos
Curiosamente, deu-se pior com Harder do que com Gyokeres - relacionado, claro com as diferentes fases do jogo. Para o dinamarquês, foi chato e, apesar de perder alguns duelos, conseguiu atrapalhá-lo com algumas faltas - e outros lances que deviam ser assinalados e não foram. Não foram 45 minutos fáceis, mas foram eficazes e os seguintes foram ainda melhores. Mostrou-se mais confiante, subiu a linha defensiva e impediu o Sporting de sair com tanta facilidade. Quando chegou o grande teste, Viktor Gyokeres, Schlotterbeck secou-o bem - nota-se que o sueco ainda não está fisicamente a 100 por cento.
Quebra na forma
Estava num momento muito positivo - o melhor desde que chegou a Alvalade - e isso notou-se nos primeiros minutos, onde registou, por exemplo, uma receção absolutamente maravilhosa, em que tirou o adversário do lance com um toque de calcanhar. Contudo, quebrou muito no segundo tempo: não participou tanto no processo ofensivo e os dois primeiros golos desaguam naquele corredor, onde divide culpas com Diomande. A ter de escolher alguém, ainda que não tenha sido uma decisão óbvia, Fresneda foi o menos bom em campo.