Os destaques do Clássico entre Benfica e FC Porto, que terminou com uma vitória das águias por 4-1.
Clássico Di María...
Na primeira passagem pelo Benfica, entre 2007 e 2010, foi idolatrado por jovens jogadores que hoje em dia já fazem estragos no futebol sénior. Deixou Portugal para conquistar outros mundos e agora, aos 36 anos, está a inspirar uma nova geração de jovens jogadores e adeptos encarnados. É diferente, é brilhante, e adora os jogos grandes. Hoje agarrou as bancadas e bisou frente ao FC Porto, numa memorável vitória por 4-1.
Como jogas, Tomás!
Se um dos defesas centrais do Benfica não teve a mais feliz das noites a nível individual, o outro foi um dos melhores em campo. Tomás Araújo cumpriu o que era exigido no momento defensivo, mas foi com bola que se agigantou e deu dois belos argumentos para a importância da técnica em jogadores da sua posição. Belíssima assistência para o primeiro golo e um passe de nível semelhante no lance do terceiro.
Uma curva à esquerda
Houve bons sinais na altura da chegada ao clube, mas só na nova temporada é que Álvaro Carreras começou a mostrar aquilo de que realmente é capaz de fazer. Hoje, as aventuras do espanhol pela asa esquerda são muito importantes na manobra ofensiva da águia e isso ficou em evidência muito cedo. O caminho para a goleada começou com uma curva à esquerda, por indicação do ex-Manchester United.
Mais um domingo de trabalho
Se Di María foi o melhor em campo, isso em muito se deve a Fredrik Aursnes. O norueguês criou as circunstâncias que o colega precisava para brilhar, ocupando sempre os espaços certos e muitas vezes trabalhando por dois sem bola. No ataque mostrou a eficiência habitual, levando a equipa para a frente com poucos toques na bola e até assistindo o 2-1. Saiu ovacionado, o que também não é ocorrência rara.
Deu para o susto
O capitão do Benfica está longe de ser um dos jogadores mais acarinhados pelas bancadas da Luz e não é por acaso. As coisas não têm corrido bem ao argentino e a necessidade de provar-se constantemente gera um tipo de risco que é quase sempre injustificado para a posição em que joga. Voltou a errar contra a antiga equipa, ficando com culpas no lance do 1-1.
Aquém do que se pedia
A estreia de Nehuén Pérez em Clássicos ficou bem longe do ideal. Nem é que o autogolo do argentino tenha sido um erro censurável - houve algum azar envolvido -, mas a verdade é que o defesa central ex-Udinese não se mostrou confortável em nenhum momento de um jogo em que a defesa do FC Porto (e particularmente o lado direito) esteve muito desorganizada. Muito espaço entre si e Martim Fernandes e ambos batidos de forma repetitiva.
Desiludiu
Para que o FC Porto fosse feliz nesta visita à Luz, precisaria sempre de uma grande exibição de Alan Varela. Não foi o que aconteceu. O médio ex-Boca Juniors foi amarelado muito cedo no jogo e isso notou-se na forma como abordou, sem bola, um jogo que chegou a estar muito partido. Para piorar uma noite de desilusão, cedeu a grande penalidade que gerou o quarto golo do Benfica.