O FC Porto desta vez cumpriu, contra um Paços que até esteve em vantagem, mas que permitiu a rápida reação azul e branca. De pouco valeu, já que o título está entregue, ainda que tenha servido para uma despedida digna para com os adeptos (pouco mais de 25 mil).
Brahimi, como devemos fazer?
Pode parecer exagerado, até porque Otávio também tem boa dose de influência no bom do FC Porto e porque o empate surgiu uma rara jogada de entendimento entre Maxi e Herrera, numa típica tabelinha que o mexicano finalizou de cabeça para a igualdade. Contávamos já 35 minutos, porque, até aí, o cenário não foi bom.
A isto não juntamos as também habituais questões de arbitragem - ao longo da época, houve algumas injustiças e não menos exageros - porque Artur Soares Dias acertou, ou não fosse ele o melhor em Portugal. Acertou ao descodificar a tentativa de Soares o ludibriar e acertou ao ver que Brahimi foi travado por Bruno Santos, no penálti que o mesmo concretizou.
Por essa altura, o camisola 8 já tinha mudado o chip. Tantas vezes tentou, complicando o fácil, tentando resolver sozinho o que é tão mais fácil com os colegas, levando mesmo aos assobios da bancada, que haveria de ganhar a Bruno Santos pelo cansaço. Ou seja, depois de meia hora a falhar abordagens e duelos, o argelino começou a ficar por cima. Tal como o FC Porto, que esteve a perder, mas que foi para os balneários a ganhar. Tal como o Dragão, que se move ao sabor do resultado. No fundo, parece que tudo tem origem em Brahimi, o foco da equipa e o foco da responsabilidade. Com tudo o que isso tem de bom e de mau.
Uma das coisas boas é que atrai o adversário, podendo surpreender por outro lado. Estamos a falar de uma boa dose de coincidência, mas não deixa de ser curioso que o terceiro golo, logo a abrir a segunda parte, tenha voltado a ser do outro lado, numa excelente assistência de Soares para o recém-entrado Diogo Jota marcar à antiga equipa.
Tempo para... protestar
Com o jogo a ficar quase selado à entrada para o segundo tempo, após o tal golo que impediu uma reação pacense, pouco mais houve que contar.
Deu ainda para ver um protesto de uma claque (aparentemente pela ausência de títulos) e para ouvir os cânticos sucessivos de outra contra o Benfica, igualmente em protesto.
E deu para ver, por fim, que André Silva está em má forma, mas conseguiu finalmente o golo que tanto procurava. É bom ver que fica para trás uma fase negra de um jogador tão talentoso como o português é.