Ter a real perceção que respiramos, uma ação realizada de forma automática, só porque temos dificuldade em fazê-lo.
Os avós que não podem segurar o neto recém nascido no colo.
O atleta que ia dar o salto na carreira e que viu o seu sonho ser colocado em suspenso, sem perspetivas de poder clicar no 'play' para voltar à normalidade.
Há exatamente cinco anos, o mundo parou.
Após o primeiro caso de Covid-19 ter surgido em novembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, o vírus foi-se espalhando pelo mundo inteiro a uma velocidade galopante até chegar a Portugal, no dia 2 de março de 2020.
Pouco mais de uma semana depois, a 11 de março, surgiu o veredito da Organização Mundial de Saúde: a situação de emergência de saúde pública provocada pelo SARS-CoV-2 foi catalogada como 'pandemia'.
Em Portugal, segundo o levantamento feito pelo Ministério da Saúde até ao dia 2 de março de 2025, houve 5.665.470 casos de Covid-19 e 29.154 mortes provocadas pela doença.
Tal como é facilmente percetível, o impacto do vírus foi enorme. Perante a 'data redonda' que se assinala nesta terça-feira, o zerozero procurou perceber de que forma foi afetado o desporto português por uma das mais impactantes situações da história recente da humanidade.
De Felgueiras, cidade onde houve o primeiro surto, à cerca sanitária de Ovar, passando ainda pelo testemunho de atletas, treinadores, médicos e elementos do Governo, uma coisa parece certa: mesmo com o passar dos anos, a Covid-19 deixou marcas difíceis de apagar.