Vem aí um novo Mundial de Clubes, já a partir do verão de 2025, que tem dado que falar nos últimos dias pela qualificação de um maior número de clubes para a prova. FC Porto e Benfica serão os representantes portugueses numa competição que, pela primeira vez, terá 32 clubes e muitas novidades. Passamos a explicar tudo.
Anteriormente, o Mundial de Clubes colocava apenas frente a frente os vários vencedores da Liga dos Campeões de cada país, mas, agora, tudo mudará, a partir de 2025. Mais global, mais duradouro no tempo - algo que leva a criticas da parte dos jogadores, já sobrecarregados com jogos -, mais moderno e também (muito) mais vantajoso a nível financeiro para os clubes.
A prova decorrerá de 15 de junho a 13 de julho de 2025, nos Estados Unidos da América (EUA), e terá muitas novidades. Mas vamos por partes.
Um novo formato
Uma das grandes novidades deste novo Mundial de Clubes, além do alargamento para 32 equipas, claro, diz respeito ao seu formato. Até então, esta prova realizava-se exclusivamente em formato de eliminatórias, mas terá agora direito a uma fase de grupos.
Assim, essas 32 equipas serão divididas em oito grupos, com quatro clubes em cada, e disputarão uma fase de grupos em formato «round-robin de jogo único», ou seja, a apenas uma volta, tal como vemos nos Mundiais de seleções. As duas melhores equipas de cada grupo avançam para a fase a eliminar, os oitavos de final.
A partir daí, cada fase a eliminar será disputada, desde os oitavos de final até à final, com apenas um jogo, sendo esta a grande diferença de formato para o modelo mais conhecido da Liga dos Campeões - que também vai mudar a partir de 2024/25 -, por exemplo. Além disso, não há jogo de definição do 3º e 4º lugar, como acontece nos Mundiais de seleções.
Quem vai participar?
Este novo Mundial de Clubes faz jus ao seu nome e consegue ter uma bem maior representação de emblemas de cada canto do globo, com conjuntos das várias confederações - AFC, CAF, Concacaf, CONMEBOL, OFC e UEFA - da FIFA.
«Os clubes desempenham um papel fundamental no futebol mundial, e a Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 será um marco importante ao proporcionar aos clubes de todas as confederações um palco adequado para brilhar no mais alto nível do jogo. Esta será uma competição aberta baseada no mérito desportivo que desempenhará um papel fundamental como parte dos nossos esforços para tornar o futebol verdadeiramente global», afirmou Gianni Infantino, presidente da FIFA.
Clubes já garantidos:
Europa (UEFA): Manchester City, Real Madrid, Chelsea, Bayern, PSG, Inter, FC Porto, Benfica, Borussia Dortmund, Juventus, Atl. Madrid, Salzburgo
África (CAF): Al Ahly, WAC
Ásia (AFC): Al Hilal, Urawa Reds, Ulsan
América do Norte e Central (CONCACAF): Monterrey, Seattle Sounders, Clube Leon
South America (CONMEBOL): Palmeiras, Flamengo, Fluminense
Oceania (OFC): Auckland City
Feitas as contas, faltam definir oito vagas, que serão distribuídas da seguinte forma:
- Vencedores da Liga dos Campeões da CAF 2023/24
- Caminho de classificação CAF
- Vencedores da Liga dos Campeões da AFC 2023/24
- Vencedores da Copa dos Campeões da Concacaf de 2024
- Vencedores da CONMEBOL Libertadores de 2024
- Caminho de classificação da CONMEBOL (duas equipas)
- Uma equipa do país anfitrião (EUA), ainda a definir
Quanto dinheiro está em jogo?
Muitos podem questionar porque é que tantos clubes, de todo o mundo, aceitarão de bom grado ter mais uma competição, ainda para mais em pleno verão, depois de uma temporada por si só já longa e cansativa, mas o principal motivo acaba por ser o do costume: dinheiro.
Depois, esse valor apenas poderá subir, mediante os resultados obtidos por cada clube na prova e até onde chega. O grande vencedor do Mundial de Clubes receberá cerca de 100 milhões de euros. Se olharmos para as diferenças financeiras para os últimos anos, são enormes. Por exemplo, o Manchester City recebeu «apenas» cerca de 4,6846 milhões de euros.
