Cinco jornadas, cinco vitórias. Resumo rápido da temporada portista até ao momento e que foi fixado com uma vitória (3x0) este sábado frente ao Chaves. Tal como Sporting e Benfica, os dragões também deram um bom avanço ao adversário, mas tiveram um treinador que soube acordar a equipa ao intervalo com a entrada de Soares. Os portistas venceram e estão colados ao Sporting na liderança da Liga NOS.
Com Layún como defesa direito e com a dupla Aboubakar/Marega na frente, o FC Porto não teve o domínio que vinha tendo nos jogos em casa e isso deveu-se a uma estratégia muito bem montada por Luís Castro no Chaves. De todos os jogos do FC Porto até ao momento na Liga, deu a ideia de ter sido o Chaves a equipa que melhor percebeu como contrariar a ideia de jogo azul e branca. Valeu uma entrada muito positiva de Soares na segunda parte.
Houve intensidade, mas não criatividade
Era a ideia já normal de jogo para os portistas. Ainda assim, do outro lado estava um Chaves que claramente estudou bem a lição e não teve problemas em colocar a dupla de trincos (Tiba e Jefferson) a jogar bem perto dos centrais. Desde forma a equipa de Luís Castro anulou o futebol apoiado do FC Porto e impediu que Brahimi e Corona tivessem a possibilidade de criar os desequilíbrios na entrada da área.
Óliver era quem conseguia furar com este colete de forçar implementado pelo Chaves e acabaram por ser lances de rotura do espanhol as jogadas mais perigosas do FC Porto. Ainda assim, a primeira parte acabou sem uma clara oportunidade de golo. A equipa flaviense conseguiu estar bem a defender e no ataque conseguia manter em sentido a defesa portista, liderada por um Marcano no topo da sua forma.
O FC Porto ia para o intervalo sem marcar, algo que ainda não tinha acontecido esta temporada. Tinha a palavra Sérgio Conceição e usou-a bem.
Mudar fez toda a diferença
Demorou menos de cinco minutos a haver um desequilíbrio na zona central. Abubakar aproveitou o lance de um contra um e conseguiu marcar, contando com um desvio favorável. O jogo mudou com a entrada de Soares e voltou a aparecer, ainda que por pouco tempo, aquele FC Porto capaz de esmagar e encostar o adversário à sua área.
O Chaves demorou cerca de 15 minutos a acertar a marcação ao jogo portista, agora com Soares. Depois desse acerto, que passou também pelas mexidas de Luís Castro, voltou a ver-se um jogo semelhante ao da primeira parte. O dragão deixou de criar oportunidades e até teve dois valentes sustos quando William falhou de forma incrível, por duas vezes, completamente sozinho na área.
O FC Porto não estava confortável no jogo e chegava a altura de congelar o jogo. As entradas Otávio primeiro e depois de André André serviram exactamente para isso. O golo do descanso apareceu de grande penalidade clara cometida por Maras e convertida na recarga por Soares. Marega fez depois o terceiro golo.
Sem ser brilhante o FC Porto voltou a ganhar, não deixou fugir o Sporting e o Benfica e agora já pode apontar à Liga dos Campeões.