45 minutos a menos do que os rivais e, ainda assim, a liderança isolada. O FC Porto capitalizou sobre tudo esta noite: sobre o deslize do Sporting no Bonfim e sobre um erro do Tondela no primeiro tempo, terminando assim a noite com os três pontos no bolso. É mais um do que o rival mais próximo, sabendo que ainda há um jogo no Estoril para tentar virar.
Num duelo com surpresas no que toca à equipa portista - vários jogadores que estavam condicionados foram titulares, incluindo Brahimi -, o desgaste das várias competições pouco se fez sentir entre os homens de Sérgio Conceição. Contra um Tondela mais uma vez bem organizado a nível defensivo, acabou por ser um erro imprevisto de um médio com pouco tempo de casa (foi o segundo jogo de Sulley pelos tondelenses) a valer os primeiros festejos portistas.
Proveito sem hesitação
Pepa, porém, tinha prometido uma equipa proativa, e o Tondela foi isso mesmo. Proativo e reativo, respondendo à desvantagem com um futebol cauteloso, sim, mas também ambicioso, permitindo a Tomané ficar muito próximo do empate perante José Sá.
Apesar da boa reação, o dono do ritmo do jogo continuava a ser o FC Porto, que procurava o segundo antes do intervalo, embalado por um Danilo imperial na recuperação e transporte e procurando os desequilíbrios nas alas (com um Brahimi mais criterioso do que Corona, como tem sido hábito). Valeu ao Tondela o ferro da baliza de Cláudio Ramos num cabeceamento de Aboubakar e a fraca inspiração de Corona quando tinha tudo para aumentar a vantagem (que classe de Danilo a servi-lo).
Protestos, VAR... três pontos
Um golo solitário não trazia a tranquilidade que os portistas desejavam e vários momentos do arranque do segundo tempo faziam o FC Porto acreditar que era possível voltar a ferir este Tondela, mesmo sem erros grosseiros como o que levou ao golo de Marega. Pediu-se um penálti por volta da hora de jogo, mas a falta de intenção de Osorio no lance manteve a bola a correr.
O Tondela não queria ser mera carne para canhão e organizava-se bem na construção de algumas jogadas ofensivas, mas deparava-se com um FC Porto quase sem mácula na defesa. E com a tranquilidade vinda de trás dava para procurar mais proveito na frente. Pareceu chegar ao minuto 73', quando Brahimi colocou a bola na baliza de Cláudio Ramos, mas depois de um impasse Luís Godinho anulou o lance por fora de jogo após recorrer ao VAR.
Mesmo com essa anulação que manteve a margem no mínimo, os três pontos não saíram do bolso portista. O topo está aí e mesmo sem ter em conta o jogo a disputar com o Estoril (virar o jogo pode não ser fácil) os dragões só dependem de si próprios na luta pelo campeonato nacional.