Na antecâmara do pontapé de saída do Benfica na Liga dos Campeões, Bruno Lage mostrou-se ciente do ambiente que o Benfica vai encontrar no Maracanã de Belgrado, deixando de parte a possibilidade de fazer rotação no onze das águias.
Além disso, o técnico das águias não revelou se Aursnes - viajou para a Sérvia - vai ou não ser opção para o duelo com o Estrela Vermelha.
Ambiente do estádio e importância de vencer: «Sobre o ambiente, para nós, enquanto equipa, importante é que os nossos se façam ouvir. Viajámos com os adeptos, e é esse apoio que esperamos. Depois, o que vai fazer crescer a equipa são os jogos, os treinos e o trabalho. As coisas não acontecem sem tempo, e esse tempo será com consolidação de comportamentos. A dinâmica de vitória é muito importante. É com esse espírito que a equipa vai encarar o jogo de amanhã, para dar continuidade ao trabalho.»
Resultado determinante?: «Não tenho tempo a perder com essas questões. O meu tempo é tão curto... É sair de um jogo, entrar no jogo seguinte e preparar a equipa para vencer. A ambição que tenho é que a equipa tenha dinâmica de vitória, que vá atrás e procure dar sequência ao trabalho que começámos há uma semana. A equipa não tem tempo a perder, tem de se focar é no que tem de fazer amanhã, em campo.»
Alterações em perspetiva?: « Há alguma diferença, à partida, pelo menos, no que preparámos. O Santa Clara tinha uma linha de três, e esta equipa tem uma linha tradicional de quatro. A dinâmica defensiva é diferente. Tivemos tempo para perceber como é que o adversário pressiona em casa, que tipo de espaços oferece e ter a inteligência de os procurar para criar oportunidades de golo.
É sempre assim a nossa forma de olhar para os jogos. Em função dos nossos comportamentos e das caraterísticas, escolheremos a melhor estratégia para o jogo, a defender e a atacar. Fizemos um bom trabalho nos últimos três dias, ao dar todas as informações para os atletas estarem preparados e fazermos um bom jogo.»
Sobre o possível regresso de Aursnes: «Neste momento, não vou revelar nada sobre as nossas conversas. A equipa é que tem de demonstrar, dentro de campo, o caminho que quer fazer no futuro. São excelentes oportunidades para provarmos o que somos, e isso faz-se dentro de campo, não com promessas. Fica, desde já, a minha exigência, para mim e para os jogadores. Não tem muito tempo de treino, mas deixa-nos satisfeitos que seja uma solução para amanhã.»
Gestão do balneário: «Tem sido fácil. Estamos focados. Temos de direcionar a nossa atenção para o trabalho, e os jogadores têm essa experiência de saber o trabalho que têm de fazer. É aquilo que, por vezes, acontece, nos jogos que estão a correr menos bem, quando temos de deslocar a atenção para as nossas diretrizes enquanto equipa. Temos de estar muito focados no que se passa no dia a dia, no treino, nas informações que passamos aos jogadores, o tempo de qualidade que passamos com eles, criando dinâmica e comportamentos.
O nosso foco tem sido esse. Frente ao Santa Clara, determinados comportamentos foram muito bons e, um deles, foi ver a equipa com uma ambição enorme de tentar fazer as coisas, de vencer. É isso que queremos prolongar no tempo. Dentro de campo, a equipa representa o que o clube representa.»
Rotação fora de questão: «Nunca houve uma rotação de plantel. No primeiro jogo, houve duas ou três alterações que fizemos em função do momento. Essas circunstâncias acontecem quando há dois dias entre jogos. Aqui, a equipa teve tempo para recuperar. O onze de amanhã vai ser em função disso, dos jogadores que estão melhor neste momento, das caraterísticas, da nossa estratégia, para os deixar mais confortáveis dentro de campo.»