Temos (bi)campeão nacional! O Benfica venceu, este domingo à noite, o Esgueira - que havia terminado em 1º lugar na fase regular da prova - por 78-75, com direito a prolongamento, no jogo 2 das finais, e revalidou o seu título, sagrando-se bicampeão nacional feminino.
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Tudo se podia decidir nas finais da Liga Betclic feminina. Depois de vencer em Aveiro, no jogo 1 (73-80), o Benfica recebia o Esgueira e estava a uma vitória de se sagrar bicampeão nacional. Do outro lado, o Esgueira queria obrigar a jogo 3, que seria em Aveiro.
As bancadas estavam muito bem composta, incluindo várias figuras conhecidas do basquetebol nacional, como Broussard e Betinho Gomes, da equipa masculina do Benfica, ou Carolina Rodrigues e Joana Alves, internacionais lusas e ex-jogadoras do Benfica.
A jogar em casa, as comandadas de Eugénio Rodrigues entraram a todo o gás, muito fortes e a focar-se na sua defesa e na luta pelas tabelas, o que deu várias «segundas vidas» no ataque. De resto, as encarnadas terminaram a 1ª parte com 12 ressaltos ofensivos, contra apenas 10 ressaltos defensivos do Esgueira, demonstrando bem a superioridade neste setor.
Isto ajudou as águias a distanciar-se rapidamente no marcador, ao ponto de chegarem a estar a vencer por 18 pontos, a certa altura do 2º período, à boleia de uma grande Raphaella Monteiro (9 pontos, 10 ressaltos e 2 assistências ao intervalo). O Esgueira ainda reagiu perto do intervalo, mas o melhor que conseguiu foi reduzir as distâncias para 42-29 até ao final do 2º período.
De regresso dos balneários, as comandadas de André Janicas tentaram responder e relançar a partida. A certa altura, ainda conseguiram reduzir as distâncias para menos de dois dígitos, mas o Benfica estava claramente num nível anímico superior e responder sempre que precisava, com a sérvia Milica Ivanovic a comandar a equipa. Isto permite ao Benfica aumentar ainda mais a vantagem, para 58-42, no final do 3º período.
Faltavam disputar apenas 10 minutos e o Esgueira precisava de ser exímio para relançar o jogo. A missão era espinhosa. Numa primeira instância, o Benfica prolongou os seus ataques para gastar relógio, mas foi ineficaz e isso permitiu ao Esgueira aproximar-se. O desconto de tempo de Eugénio Rodrigues acalmou o jogo, mas nos últimos dois minutos dois triplos da brasileira Barbara Souza e um par de lances livres deixaram o Esgueira a apenas três pontos - com 22 segundos por jogar - e fizeram tremer o Benfica.
As águias fizeram asneira dos dois lados do campo nesse tempo e, a dois segundos do fim, Inês Ramos fez estremecer as bancadas com um triplo, que empatou a partida a 67 (depois de um parcial de 25-9 do Esgueira) e a levou para prolongamento.
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À entrada para os cinco minutos extra, o ímpeto estava agora do lado do Esgueira, mas o Benfica entrou bem, comandado por Inês Faustino. Contudo, o Esgueira nunca baixou os braços - com Gabriela Raimundo em bom plano - e podia mesmo ter passado para a liderança a dois segundos do fim, novamente por Inês Ramos. A base acabou por falhar no garrafão, Quevedo ganhou o ressalto e foi para a linha de lance livre. Aí, não tremeu e o Benfica venceu mesmo por 78-75.
As águias são, assim, bicampeãs nacionais, superiorizando a incrível temporada do Esgueira.