Contratado pelo Boavista para as últimas cinco jornadas da Liga Portugal Betclic, Stuart Baxter expressou a desilusão por não ter guiado os axadrezados ao playoff de manutenção. Em entrevista ao portal sueco, Fotbollskanalen, o experiente técnico abordou ainda a ira dos adeptos do clube pela descida de divisão.
«Foi uma grande desilusão para mim. Quase conseguimos chegar o playoff de manutenção. Vencemos jogos, tínhamos a faca contra a nossa garganta, pressionámos o FC Porto no dérbi, devíamos ter feito o 2-2, mas não me posso queixar desse jogo», começou por dizer.
«Além disso, as outras equipas [AFS e Farense] também conseguiram resultados. Na última jornada precisávamos de vencer e achava que se fizéssemos a nossa parte ia ser suficiente. Contudo, sofremos cedo, tivemos um golo anulado e depois eles voltaram a marcar e foi o pânico», prosseguiu.
«Estavam lá 3000 adeptos, podem imaginar o caos que foi. Como pessoa do futebol não gosto, mas percebo que tenham de expressar a sua insatisfação que já durava há algum tempo. Não foi nada contra mim, o atual presidente ou até contra os jogadores.
Foi uma forma de libertar a frustração que durava há alguns anos. Foi muito intenso, precisámos de escolta policial, atiraram-nos pedras. Não foi divertido, mas percebo a situação», lembrou o técnico escocês que não descarta a continuidade no Bessa.
«Ainda estamos a discutir. É um pouco delicado porque o clube disse que vou ficar, mas há muito em cima da mesa. Todas as despesas são analisadas, incluindo treinadores. Eles querem que eu fique e eu quero ficar para tentar concretizar esse projeto. Acho isso muito interessante. Mas todas as peças precisam se encaixar. Todos querem que eu fique e eu quero ficar», destacou.
