O ano de 2011 foi marcante para o futebol nacional, especialmente no domínio das seleções e da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Do apuramento ao Euro 2012, ao Mundial de sub-20 na Colômbia, com as eleições federativas a fecharem o ano.
Seleção «A» rumo ao Campeonato da Europa
Começando pelo topo da hierarquia futebolística, 2011 confirmou mais uma presença de Portugal numa fase final de um Campeonato da Europa. Sob o comando de Paulo Bento, a equipa das «quinas» chegou à última jornada da fase de grupos no 1º lugar, mas uma derrota por 2x1 na Dinamarca forçou Portugal ao play-off, novamente frente à Bósnia-Herzegovina.
No dia 11 de novembro, a seleção portuguesa empatava 0x0 em Zenica num «pelado» autorizado pela UEFA, recebendo no Estádio da Luz, quatro dias depois, os Bósnios. O resultado final foi esmagador, com Portugal a carimbar a passagem ao Euro com um 6x2 e um estádio a cantar o hino nacional juntamente com a equipa.
Com lugar assegurado na Ucrânia e na Polónia, Portugal ficou a conhecer os adversários de grupo no dia 2 de dezembro. E a «surpresa» não foi agradável: Alemanha, Holanda e Dinamarca serão os obstáculos lusos no Grupo B da prova.
Também em 2011 houve sorteio da fase de qualificação para o Mundial de 2014 no Brasil. Portugal terá como companheiros de grupo a Rússia, Israel, Irlanda do Norte, Luxemburgo e Azerbaijão.
Menos positivos foram os «casos» Ricardo Carvalho e Bosingwa. O primeiro abandonou a concentração da seleção nacional que preparava o importante jogo com o Chipre, sendo suspenso por um ano pela FPF. Seguiu-se a confusão entre Paulo Bento e Bosingwa, com o primeiro a acusar o lateral do Chelsea de simular uma lesão. Os dois vão falhar o Europeu de 2012.
Heróis da Colômbia ficam a um pequeno passo do título
O verão de 2011 esteve a um pequeno passo de ser mágico para o futebol jovem português. Na Colômbia, uma «desconhecida» seleção de sub-20 construiu uma campanha notável que só terminou na final, a 21 de agosto, num jogo dramático com o Brasil. Portugal perdeu por 3x2 após prolongamento mas deixava um país orgulhoso, 22 e 20 anos depois de Riade e Lisboa.
Fernando Gomes «herda» lugar de Gilberto Madaíl
Mas nem só dentro de campo se fez a história da Federação Portuguesa de Futebol em 2011. A 10 de dezembro Gilberto Madaíl terminava uma ligação de 16 anos à frente do organismo e cedeu o lugar a Fernando Gomes, que venceu as eleições a Carlos Marta com 46 votos contra 36 do seu opositor.
A despedida de Liedson e as mudanças em Alvalade
Se no FC Porto o ano foi de glória e no Benfica, apesar da época sem grandes títulos, pouco mudou, o ano de 2011 foi de profunda alteração no Sporting. Em janeiro, José Eduardo Bettencourt apresentava a demissão, obrigando o clube a eleições antecipadas. Em fevereiro, Liedson despedia-se após sete anos de leão ao peito para rumar ao Corinthians - onde seria campeão no final do ano.
As «convulsões» em Alvalade não terminavam em fevereiro e no mês seguinte Paulo Sérgio deixava o comando técnico da equipa, deixando o lugar para José Couceiro, que passava a acumular as funções de técnico e diretor desportivo. Pouco tempo depois, ainda em março, Godinho Lopes chega à presidência do Sporting após um ato eleitoral atribulado e com um vencedor antecipado - Bruno Carvalho -, que acabou por perder numa recontagem dos votos.
Maio «português» em Dublin
A Europa do futebol falou a uma só voz no dia 18 de maio de 2011, quando em Dublin, FC Porto e SC Braga disputaram a primeira final europeia de sempre entre emblemas portugueses. Ganhou o FC Porto, por 1x0, mas nesse final de tarde na Irlanda ganhou sobretudo o futebol luso.