Está a chegar a Liga Betclic 2024/25 e o zerozero dá-lhe a conhecer cada uma das 12 equipas, numa antevisão com tudo o que precisa de saber. As mudanças no plantel, a estrela e ainda declarações exclusivas dos treinadores.
Tricampeão nacional em título, o Benfica tem dominado e, esta época, pode alcançar um histórico tetra, que apenas por outras quatro vezes aconteceu em Portugal, sendo que três delas foi precisamente através dos encarnados - a outra foi o Carnide Clube. Norberto Alves volta a ser o obreiro desta máquina vencedora e continua ambicioso.
Plantel: As águias mexeram pouco, mas mais do que nos últimos anos. Houve alguma renovação do lote de estrangeiros, até pela importante saída de Toney Douglas para o FC Porto, mas as características dos jogadores parecem não diferir muito, da amostra na pré-época. A lesão de Aaron Broussard, que será duradoura, influenciou a construção do plantel e obrigou a uma cara nova, o base Marcus Thornton.
Estrela: O coletivo sempre foi a maior arma da equipa comandada por Norberto Alves e talvez seja esse o fator diferenciador da mesma. Aaron Broussard tem o seu peso, Toney Douglas saiu e caberá ao reforço Ahmaad Rorie e ao seu compatriota Trey Drechsel assumir as rédeas ofensivas, sempre com o apoio de pesas como Ben Romdhane, Betinho ou Tyler Stone.
Treinador: Norberto Alves é, nos dias que correm, sinónimo de sucesso a nível nacional e prova disso são os títulos que ganhou nos últimos anos. Gere o balneário como poucos e aproveita as muitas e boas armas que tem à sua disposição na Luz para criar uma equipa muito ágil a nível tático. Vai em busca de fazer história.
«Um Campeonato é uma maratona, um percurso com altos e baixos»
Plantel e reforços: «Não gostamos muito de mexidas no plantel, mas tivemos de as realizar. Por não conseguirmos manter alguns jogadores e por necessidade de ajustar outras posições, a equipa é diferente, nomeadamente no que se refere à posição 5 e 4. Na posição 5 teremos de jogar mais em continuidade de bloqueios diretos e na posição 4 temos mais versatilidade. A lesão do Aaron não mudou o planeamento da época, foi uma contingência a que nos tivemos de adaptar. A contratação do Marcus relacionou-se com isso. A necessidade de ter um 2 que jogue bloqueio direto e consiga criar jogo.»
Objetivos: «Os objetivos são sempre os mesmos no Benfica: vencer todas as provas em que participa. Nas competições europeias, concretamente na BCL para a qual conseguimos o apuramento, é competir o máximo possível, tentando ganhar jogos. Mas temos de ser realistas, o investimento no basquetebol nessas equipas ultrapassa várias vezes o nosso e o nível dessas equipas corresponde ao nível dos seus campeonatos internos. É muito elevado. O basquetebol é a segunda modalidade coletiva do mundo e em Portugal não acompanhámos desde há muitos anos o acelerar do seu desenvolvimento.»
Liga: «O nível competitivo da Liga evoluiu muito. Há vários candidatos e equipas muito competentes. Isso não acontecia há 10 anos. Ganhar é sempre difícil. Um Campeonato é uma maratona, é um percurso com altos e baixos. Saber lidar com ambos os momentos é o que caracteriza as grandes equipas. Decisivo é estar bem no fim.»
Aumento limite de estrangeiros: «Concordo com o aumento do número de jogadores estrangeiros a competir na Liga. Não é aqui o espaço para o justificar, é algo que já acontece há muito tempo nos outros países. Penso que vai aumentar o nível competitivo da Liga. Há uns anos as equipas mais fortes reuniam os melhores portugueses e isso, quando acompanhado de um ritmo de jogo mais elevado fazia a diferença. Agora, esse aspeto é muito menos sentido.»