O FC Porto está provisoriamente de regresso à liderança da Liga Zon Sagres após infligir a primeira derrota fora de casa ao Paços de Ferreira. Os bicampeões nacionais venceram os pacenses por 2x0, num jogo em que Alex Sandro e Marat Izmaylov foram os marcadores de serviço.
Após uma primeira parte em que mostraram falta de eficácia frente a um adversário bastante organizado, os dragões chegaram aos golos que garantiram a conquista dos três pontos na etapa complementar.
O primeiro foi por intermédio de Alex Sandro, logo aos 46 minutos, que colocou a bola dentro da baliza quando queria cruzá-la para a área e o segundo foi da autoria de Izmaylov, ao minuto 78, que com um remate cruzado marcou o primeiro golo pelo FC Porto naquela que foi a sua estreia na nova casa.
Agora, o FC Porto está na frente do campeonato com os mesmos pontos que o Benfica, que defronta o Moreirense na próxima segunda-feira. Foi o primeiro passo para o possível regresso da equipa comandada por Vítor Pereira ao comando da Liga, pois esta quarta-feira disputa-se o jogo em atraso com o Vitória de Setúbal.
A primeira parte do encontro no Dragão mostrou um FC Porto ofensivo mas demasiado previsível. É verdade que os azuis e brancos criaram muitas ocasiões para inaugurarem o marcador mas nunca mostraram pontaria na hora de atirar à baliza de Cássio.
Assim, frente ao Paços de Ferreira, que chegou a casa dos bicampeões nacionais sem qualquer derrota fora da Mata Real, o FC Porto mostrou-se órfão da genialidade e imprevisibilidade que James Rodríguez oferece à equipa, acabando por chegar empatado a zero ao intervalo.
De resto, um resultado que o Dragão já tinha verificado nas últimas duas vezes que tinha sido palco de jogos para o campeonato, diante do Nacional da Madeira e do Moreirense. Mas os números podiam ter sido diferentes.
No total, foram cinco as vezes que o FC Porto esteve bastante perto de inaugurar o marcador. Primeiro foi Defour de cabeça a dar sinal de perigo, seguindo-se Otamendi a rematar em arco ao lado da baliza.
João Moutinho, após assistência de Jackson Martínez, foi o senhor que se seguiu nos remates ao lado da baliza do Paços de Ferreira, tendo as últimas duas oportunidades, que tiveram o mesmo fim de todas as outras, pertencido ao goleador colombiano.
Contudo, apesar das cinco ocasiões e da maior posse de bola e controlo de jogo do FC Porto, o Paços de Ferreira nunca se viu à nora. A equipa de Paulo Fonseca, bastante organizada, bem posicionada e sem qualquer receio por estar a jogar na casa do bicampeão, nunca teve medo de sair para o ataque quando o podia fazer e foi Cícero quem teve nos pés o último lance digno de registo da primeira parte. A bola saiu por cima da baliza defendida por Helton.
Se ao longo dos primeiros 45 minutos o FC Porto não conseguiu concretizar nenhuma das cinco boas ocasiões de que dispôs, a verdade é qie na segunda parte não precisou de nenhuma para marcar.
No primeiro minuto da etapa complementar, Alex Sandro fez uma das suas várias investidas ao ataque pelo corredor esquerdo e tentou o cruzamento para a área onde estava Jackson Martínez. No entanto, a bola não saiu com a direção desejada e terminou...no fundo da baliza de Cássio.
Foi quase sem querer que os azuis e brancos chegaram à vantagem. O resultado de 1x0 surgiu de um modo inesperado mas era inteiramente justo porque, mesmo não estando a fazer uma exibição por aí além, o FC Porto manteve-se sempre por cima do encontro e foi a melhor equipa em campo.
Contra tamanha adversidade após ter aguentado bem o primeiro tempo, o Paços de Ferreira quebrou animicamente com o golo de Alex Sandro. Tal facto permitiu ao FC Porto gerir melhor o jogo e de forma tranquila conquistar os três pontos, pois Helton não foi colocado à prova uma única vez.
Mas o resultado de 1x0 não foi aquele que permaneceu no marcador no final dos 90 minutos. Marat Izmaylov, que rendeu Varela, fez a sua estreia no Dragão como jogador do FC Porto e aos 78 minutos festejou o primeiro golo com a camisola azul e branca, executando um remate cruzado, após bom trabalho de Kelvin, que só parou no fundo da baliza de Cássio. Melhor estreia era impossível para o russo.
