O SC Braga até entrou melhor, mas o Benfica começou a crescer e «alimentou-se» de grandes momentos dos seus pivots, ao longo da partida, acabando mesmo por vencer por 5-3. As águias marcam encontro com o Leões de Porto Salvo nas meias finais da Taça de Portugal.
Matosinhos recebia o último jogo do dia e dos quartos de final desta edição da Taça de Portugal, provavelmente com a melhor casa até então, não estivéssemos perante um duelo entre duas das melhores formações nacionais. Como esperado, Benfica e SC Braga entraram com um ritmo altíssimo, com rotação constante dos jogadores e a fazer uso dos guarda-redes na construção, para ganhar vantagem numérica momentânea. Contudo, os bracarenses entraram mais assertivos na transição e, aos 5', chegaram justamente ao golo inaugural, por Henmi.
O Benfica sentiu esse golo sofrido e esteve alguns minutos «fora» do jogo, mostrando dificuldades de ligação, com e sem pivot. Contudo, os encarnados estavam bem organizados defensivamente e isso não permitiu ao SC Braga explorar em excesso a transição. Quando essa fase de maior desnorte ofensivo passou, os comandados de Cassiano Klein começaram a potenciar melhor os seus alas. Contudo, foi o pivot Higor de Souza quem tirou um «coelho da cartola» e, aos 20', recebeu na esquerda, tirou Tiago Sousa do caminho com um belo drible e picou a bola, com enorme classe, por cima de Dudu, para o 1-1.
Os encarnados estavam em crescendo desde o final da 1ª parte e conseguiu transpor esse momentum pós regresso dos balneários, na 2ª parte. Os comandados de Cassiano Klein entraram com tudo e foram conseguindo potenciar os movimentos dos pivots, tanto em zona central, como de rotação sobre os defesas nas alas. A reviravolta chegou por Jacaré, aos 24', precisamente numa dessas rotações, na esquerda. O SC Braga até reagiu bem e conseguiu empatar quatro minutos depois, por Tiago Brito, mas o brasileiro Ygor Mota, no mesmo minuto, teve um momento para esquecer, «assistiu» Higor de Souza na construção a partir de trás e este, com a baliza aberta, só teve de encostar para o 3-2.
A partir daqui, notou-se que os Gverreiros sentiram esse infortúnio e perderam algum discernimento com bola. O Benfica aproveitou, continuou a usar Gugiel na construção e, aos 30', acabou por ampliar para 4-2, numa jogada coletiva bem trabalhada, finalizada por Jacaré. A cinco minutos do fim, Joel Rocha apostou no guarda-redes avançado, com Tiago Brito nesse papel, mas não correu de feição e, aos 37', Arthur aproveitou uma perda de bola adversária e fez o 5-2, tranquilamente.
Até final, o SC Braga melhorou ligeiramente na troca de bola com guarda-redes avançado e ainda reduziu para 5-3, aos 39', numa infelicidade de Afonso Jesus, mas acabou por ser insuficiente. O Benfica venceu e marcou encontrou com o Leões de Porto Salvo nas meias finais da Taça de Portugal.