A vitamina D produz-se essencialmente da energia solar e é assim recebida pelo corpo humano. Só que, neste caso, foi à noite e com energia de golo vinda de Depoitre e de Danilo que o FC Porto ganhou em casa ao Chaves, retomando a pressão sobre o Benfica que está apenas a um ponto, ainda que com menos um jogo.
Foi com uma remontada intensa e difícil que os portistas conseguiram superar um adversário incómodo e que muitas dificuldades criou. A equipa transmontana esteve na frente e só uma segunda parte fortíssima fez com que o cenário se invertesse.
Desvio alterou tendência
Mortinho por marcar...
Rafael Lopes tinha destacado recentemente, em
entrevista ao
zerozero, que só ao FC Porto não tinha marcado dos chamados «grandes». Fê-lo no Dragão.
Ao ver a forma como Brahimi e o seu FC Porto (sim, foi o argelino a carregar a equipa logo de início) se dedicaram logo de início ao jogo, muito mais depressa os adeptos esperariam outra noite tranquila de dezembro do que um retrocesso aos dramas de novembro.
Mas foi assim que o sentimento se começou a desenvolver. O camisola 8 ropeu duas vezes a defesa contrária, só que o golpe de Rafael Lopes logo aos 12 minutos, com um desvio sortudo, alterou o cenário.
©Global Imagens / F‡bio Poo
Não foi no imediato que os dragões se perderam. Só que, aos poucos, a equipa do Chaves ganhou confiança e libertou-se da sequela que tinha toda a lógica existir - Jorge Simão ter saído. Conseguiram sempre anular o lado direito do ataque portista (Nélson Lenho em grande forma) e lá deram com a fórmula para segurar Brahimi nos movimentos para dentro.
Depois, um Battaglia a encher o campo todo e um ataque inteligente nas saídas. Em suma, uma exibição que enervou os adeptos portistas e que mereceu a vantagem ao intervalo.
Depoitre libertou pressão
Nova oportunidade
Depoitre esteve fora das contas desde o jogo da Taça da Liga contra o Belenenses. Voltou de cabeça limpa e... afinada. Marcou o golo que a equipa tanto procurava.
O caso mudou de figura numa segunda parte totalmente diferente em termos de rumo. Não em termos de golo, porque duas condicionantes se impuseram: um enorme António Filipe (outra vez) e um errante Vasco Santos, que anulou um golo limpo e que perdoou uma grande penalidade aos flavienses. Tudo em 15 minutos que deixaram o Dragão a ferver.
A seguir, a equipa forasteira voltou a fazer o mesmo que na primeira parte. Serenou-se e serenou o jogo, só que já sem a mesma frescura. Por sua vez, os dragões estavam cada vez mais bêbados da energia vinda das bancadas e esse elixir nunca deixou que a equipa quebrasse animicamente.
©Global Imagens / Leonel de Castro
Catapultou-a para uma reviravolta que, pelo que se viu no segundo tempo, também foi inteiramente justa. Depoitre apareceu com uma nova cor, empatou o jogo e embalou a equipa, que festejaria outra vez com um fantástico golo de Danilo de meia distância.
Por fim, deixou de haver jogo, com os portistas a congelarem a bola e a darem andamento ao relógio, numa ação de algum anti-jogo (em resposta ao que o adversário tinha feito), deixando o Chaves perdido da cabeça - Patrão seria expulso e o final de jogo foi feio.