Num jogo de emoções fortes, Portugal acabou por golear a Dinamarca por 5-2, avançando assim para as meias-finais da Liga das Nações, onde vai defrontar a seleção da Alemanha. O encontro acabou por ficar marcado pela excelente entrada de Trincão, que foi essencial para a vitória lusa.
Veja Também
O herói português
A solução estava no banco. Francisco Trincão entrou no decorrer do jogo e foi o herói da qualificação portuguesa. O extremo apontou dois golos cruciais - ambos de primeira e de pé esquerdo dentro de área -, em momentos importantes do encontro. Participou ainda numa série de lances ofensivos, bem como deu o seu contributo na defesa quando necessário. O prémio de 'Homem do jogo' é mais do que merecido.
O coração da equipa
Bruno Fernandes foi também uma das peças mais importantes desta vitória. O médio fartou-se de cruzar bolas de forma perfeita, que na maior parte das vezes, teimavam em não ter o melhor destino. Ainda assim, foi graças a uma dessas bolas enviadas para a grande área, que Portugal chegou ao primeiro golo. Apesar de não ter marcado ou assistido, criou muitas oportunidades e foi um dos mais 'inconformados' durante todo o jogo.
Imperial
Gonçalo Inácio esteve imperial na linha defensiva portuguesa. Tirando o erro que permitiu uma arrancada de Biereth - que foi resolvida pelo próprio -, foi um jogo muito sólido a nível defensivo. O central fez vários cortes a cruzamentos nórdicos, bem como travou inúmeras tentativas de arrancadas dos avançados adversários. Foi também importante na construção do jogo de Portugal, ao fazer a bola rodar mais rápido e a encontrar os médios portugueses no corredor central.
Líder nórdico
A maior dor de cabeça para Portugal foi Eriksen, que apontou um golo e assistiu para outro. O médio foi o líder da seleção da Dinamarca, com todas as jogadas de perigo a passarem pelos seus pés. Muito inteligente, qualidade de passe elevada e boas movimentações, que permitiam aos nórdicos estar na luta pela qualificação até ao fim.
Dos melhores do mundo
Nuno Mendes é um dos melhores laterais esquerdos do mundo e hoje voltou a comprovar. Se em Copenhaga vimos um Isaksen endiabrado e a atormentar a linha defensiva de Portugal, hoje foi 'secado' pelo lateral português. Para além da qualidade e segurança defensiva, também contribuiu para o jogo ofensivo. Cruzamentos perigosos - um deu penálti para Portugal - e várias arrancadas com bola, jogando mais dentro ou aberto, foi sempre uma das ameaças à baliza de Schmeichel.
O rosto da defesa
A péssima exibição dos centrais dinamarqueses refletem-se nos cinco golos sofridos. Para além de ter atrapalhado no autogolo de Andersen, Vestergaard não demonstrou a mesma segurança defensiva que se viu e elogiou em Copenhaga. Nem ele nem Andersen souberam lidar com a exposição que a equipa sofria e foram cometendo erros, tanto no posicionamento como com a bola controlada.
Infelicidade e azar
Andersen teve uma exibição infeliz e azarada. Marcou um autogolo e não soube lidar com os avançados da seleção portuguesa. Não foi sólido e foi incapaz de dar a segurança que os nórdicos precisavam, para além das dificuldades em estancar o nível ofensivo de Portugal na parte crucial do encontro