A jornada 11 do Campeonato Nacional mostrou ser uma autêntica caixinha de bons jogos. Depois de um dérbi do Minho, o da cidade Invicta. Na 137ª edição do histórico duelo, o tom voltou a ser azul e branco e até houve direito a um herói improvável. Mas engane-se quem pense que foi tarefa fácil...
Luta, erros, jogo durinho... e pouco futebol
Não foi uma primeira parte muito digna, diga-se. A luta existiu, com alguma jogo duro de rins pelo meio, mas pouco mais. E é verdade que a organização do Boavista teve algumas culpas no cartório, já que impediu o FC Porto de apostar na velocidade e profundidade de Marega.
Os dragões, controladores da posse, tentavam furar a muralha contrária, mas só por Otávio - o brasileiro apercebeu-se e bem da falta de entrosamento entre Gonçalo Cardoso e Talocha - Brahimi conseguiram algo palpável. Já do lado boavisteiro, Mateus e Rochinha tentaram dar um ar da sua graça e, por algumas vezes, conseguiram ganhar a linha
O herói improvável
Mais do mesmo. Na segunda parte, o rumo manteve-se. Marega, logo a abrir, teve uma ocasião de ouro, mas Helton Leite levou a melhor e só uns minutos mais tarde Felipe, de cabeça, voltou a beijar o golo.
O cenário permaneceu intacto. Um Boavista organizado, compacto e algo solto nas combinações e um dragão ansioso na procura da tranquilidade. E Herrera até viu um golo ser-lhe anulado por um fora de jogo duvidoso.
Tiquinho entrou em campo, teve direito a cântico especial, mas nem o brasileiro - que ocasião desperdiçada nos instantes finais! - conseguiu agitar uma partida globalmente desinspirada da turma de Sérgio Conceição.
Ora, certo era o aperto até ao fim. E o FC Porto tanto insistiu que lá conseguiu. Saído do banco, Hernâni vestiu a capa de super-herói e deu os três pontos efusivamente festejados pela comitiva portista.