45 minutos chegaram para encher o campo

O médio turco entrou ao intervalo e conseguiu elevar o jogo do Benfica para outro nível. Não foi especialmente exuberante, mas Kökçü descobriu outros caminhos para a baliza, foi mais intenso nos processos e libertou os colegas para que o perigo fosse maior. Destacou-se no meio caos.

Barreiro não sabe jogar mal. Chamado à titular, o médio começou mais adiantado e depois ocupou a posição de Florentino Luís, com a saída do colega de equipa ao intervalo, e foi bom nos dois momentos. Não tem a capacidade criativa de Kökçü, mas chega à área sem medo e dá tudo em todos os lances. Foi seguro e muito consistente.

O internacional português já tinha marcado esta temporada nos Açores, curiosamente arquipélago conhecido como ilhas de bruma, quando marcou dois golos pelo SC Braga. Chamado á titularidade, Bruma foi arrojado, fez o seu jogo, mas teve dificuldade em entrar no bloco baixo açoriano. Ainda assim, teve a leitura perfeita de aparecer num sítio onde Belotti não estava e marcou o único golo do jogo. Bruma, O Decisivo, agora pelo Benfica.

Ricardinho deixou a defesa do Benfica em água por diversas vezes. Pela esquerda, principalmente na segunda parte, Leandro Santos sofreu com a sua intensidade e Trubin foi chamado a resolver os problemas maiores entre os postes. Só um dos mais objetivos a chegar à baliza das águias, até pela velocidade que meteu no encontro, ao longo dos 90 minutos.

O defesa sueco foi chamado à titularidade e nem jogou a defesa, ocupou o lugar mais dianteiro, e demonstrou uma ligação com a equipa bem acima da média. Dahl foi inteligente, soube acompanhar os movimentos da equipas, conseguiu, também ele, iniciar lances de perigo e até assumiu várias vezes a cobrança das bolas paradas. Se o jogo espelha o que é feito nos treinos, Dahl está a treinar bem e entrou sem medos.

O polivalente jogador do Santa Clara foi o único que escapou às intermitências que a defensiva insular sofreu ao longo do jogo com o Benfica. MT jogou a defesa central e conseguiu travar várias incursões das águias pelos caminhos interiores, além de dominar duelos aéreos.

Se olharmos às grandes oportunidades de golo em todo o jogo, o Santa Clara colecionou vários momentos para marcar e em quase todos eles encontrou um adversário gigante. Trubin segurou o empate e depois a vitória várias vezes. Fosse com remates fáceis, fosse com bolas mais perigosas, os encarnados bem podem agradecer ao guarda-redes ucraniano pela conquista dos três pontos.

A perdida de Belotti ainda na primeira parte vai ser uma imagem que não vai sair da cabeça de quem viu o jogo do Benfica em casa do Santa Clara. O avançado italiano falhou um golo cantado e depois teve muita dificuldade em lidar com a pressão que viveu pela defesa do Santa Clara. Saiu, sem surpresas.

A atitude do defesa central do Santa Clara prejudicou imenso a sua equipa. Viu um amarelo por protestos e outro por fazer uma gravata a Pavlidis, ainda no meio campo defensivo do Benfica. A expulsão deixou a equipa com menos um jogador, quando Vasco Matos procurava intensificar o ataque aos minutos finais. As dificuldades foram ainda maiores, a jogar sem Sidney Lima.