Missão cumprida para o Dragão! No Clássico que marcou a 15ª jornada da Liga NOS, o FC Porto foi ao Estádio José Alvalade vencer o Sporting por 1x2 e, assim, mantém-se a quatro pontos do líder Benfica. Já o conjunto leonino, fica a 12 pontos dos portistas, 16 dos encarnados e pode ainda perder o terceiro lugar para o FC Famalicão, que mais logo recebe o Vitória FC.
Como era expectável, Jorge Silas optou pela estabilidade do seu onze inicial e apenas trocou uma peça: tirou Rafael Camacho e colocou Luiz Phellype. Já Sérgio Conceição surpreendeu com a entrada de Danilo Pereira, que estava em dúvida, apostou (bem) em Jesús Corona na lateral direita e colocou Tiquinho Soares na frente de ataque, acompanhado por vários elementos móveis.
Os leões não podiam ter tido uma entrada mais desastrada. Jesús Corona afinou a mira e descobriu Moussa Marega, que fugiu à marcação de Stefan Ristovski e Sebastián Coates, e enganou Luís Maximiano com uma espécie de receção/finalização. Com a vantagem no bolso, os azuis e brancos colocaram-se numa posição confortável e lidaram bem com as intenções ofensivas dos visitados.
Após tanta insistência, o emblema leonino lá conseguiu chegar à baliza de Agustín Marchesin e logo com o golo da igualdade. Marcos Acuña antecipou-se a Otávio, subiu à área dos dragões e finalizou a jogada com um tiro indefensável, que ainda requereu o aval do VAR.
Se a entrada do Sporting na primeira parte correu mal, o arranque da segunda foi quase o oposto (ficou a faltar o golo...). Luciano Vietto protagonizou três boas chances para carimbar a reviravolta, uma delas esbarrou no poste, e Bruno Fernandes também esteve perto de fazer o gosto ao pé.
Este soco na barriga baixou os índices anímicos dos pupilos de Silas, que estiveram perto de sofrer o terceiro golo, não fosse a coragem de Luís Maximiano na cara de Luis Díaz. Perante este cenário, o timoneiro verde e branco lançou Gonzalo Plata e jesé Rodríguez, na tentativa de arrancar pelo menos um ponto. Na sequência de um pontapé de canto, Coates esteve perto de conseguir bater Marchesin, mas o ferro lá voltou a surgir no caminho.
Na resposta, Luis Díaz também esteve perto do golo, mas Maximiano esticou-se para defender o remate do colombiano. O tempo acabou por esgotar-se, o placard não voltou a sofrer mudanças e, 11 anos depois, o FC Porto voltou a vencer no reduto do leão. Esta vitória também foi a primeira para o Sérgio Conceição no Estádio José Alvalade, enquanto treinador.
Não primam pela técnica, não primam pela elegância e às vezes até parecem condicionar os movimentos ofensivos da equipa. Contudo, nos momentos de maior aperto, Marega e Soares continuam a aparecer para resolver jogos e dar pontos aos dragões.
A exibição ofensiva do Sporting até foi positiva, com um golo marcado e várias chances para marcar, mas a defesa deixou muito a desejar. As falhas de marcação e concentração nos golos de Marega e Soares foram gritantes e custaram muito caro.