A Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) decidiu suspender dez ciclistas da W52-FC Porto, no âmbito da operação «Prova Limpa». Como consequência imediata, os azuis e brancos ficaram apenas com um elemento a disputar o Grande Prémio Douro Internacional, José Neves - curiosamente, o ciclista lidera a prova.
A investigação está nas mãos do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto e conheceu evidências públicas no início de junho, quando várias unidades da equipa de ciclismo profissional ficaram com um prazo de dez dias para apresentar defesa, na sequência das acusações do uso de substâncias ilícitas. Antes, a 24 de abril, o diretor desportivo Nuno Ribeiro já tinha sido afastado.
Ora, cumpridos estes preceitos legais, a ADoP avançou com a suspensão preventiva de oito ciclistas. São eles Joni Brandão, Samuel Caldeira, José Gonçalves, Daniel Mestre, Ricardo Mestre, José Fernandes, João Rodrigues, Ricardo Vilela, Rui Vinhas e Jorge Magalhães. Além destes, ficam afastados das competições os mecânicos Nuno Vinhas e Nelson Rocha, além do já referido Nuno Ribeiro e do seu braço direito, José Rodrigues.
Livre de qualquer acusação estão, por ora, José Neves e Amaro Antunes - vencedor da Volta a Portugal em 2021.
Estas suspensões impostas pela ADop são passíveis de recurso para o Tribunal Arbitral de Desporto.
Do ponto de vista desportivo, fica em risco a participação da equipa dominador do pelotão nacional nas próximas provas do calendário, incluindo a Volta a Portugal; do ponto de vista criminal, o Ministério Público abrirá um inquérito para aferir da existência da prática de atos ilícitos. Se isso for confirmado, o MP poderá deduzir acusação contra os envolvidos.