Miguel Santos despediu-se da equipa feminina do SC Braga no fim da época 2024/25. Fê-lo com o apuramento para o playoff da Liga dos Campeões garantido, mas o que leva consigo não cabe numa tabela classificativa.
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Em visita à redação do zerozero, o treinador de 41 anos afirmou levar a experiência de dois anos intensos, vividos à flor da pele, num projeto em que a exigência era diária - e onde o verdadeiro desafio não estava apenas no relvado.
O futebol joga-se tanto com os pés como com a cabeça. E foi com essa convicção que quis construir a equipa: exigente nos treinos, rigorosa na preparação e, acima de tudo, forte mentalmente. Porque, como o próprio acredita, não basta ter qualidade para ganhar - é necessário saber competir, resistir à pressão e reagir nos momentos certos.
Durante o tempo no Minho, nesta terceira passagem, Miguel falou muito em identidade, em mentalidade e em cultura de grupo. Foi aí que quis colocar grande parte da sua energia. Mais do que impor ideias, quis criar um espaço onde as jogadoras pudessem crescer, arriscar e encontrar respostas dentro delas próprias. E, quando as pernas tremem, é a cabeça que decide o que vem a seguir.
Nesta conversa, tida já depois do fim oficial deste último ciclo, existe pura reflexão sobre o caminho feito, os sinais dados ao longo da época e o que aprendeu enquanto líder, com a dimensão mental sempre como um dos fatores principais.
A cabeça comanda o jogo e Miguel Santos continua a preparar-se para o que ainda aí vem, enquanto procura um novo desafio.