«Barrilete Cósmico» é o espaço de entrevista mensal de Rui Miguel Tovar no zerozero. Epíteto de Diego Armando Maradona, o nome do espaço remete para mundos e artistas passados, gente que fez do futebol o mais maravilhoso dos jogos. «Barrilete Cósmico»
Mário Campos é daquelas figuras grandes, enormes, gigantes, maiores que a própria vida. Para início de conversa, é um herói europeu da Académica como autor do golo decisivo numa eliminatória vs. Magdeburgo, em 1969.
Depois, é um caso raro na selecção nacional como capitão na primeira internacionalização de Esperanças, vs. Inglaterra, também em 1969, ano em que participa no maior comício político realizado em Portugal – a final da Taça de Portugal entre Benfica e Académica. E, finalmente, porque é um doutor. Melhor até, Mário Campos é nomeado director do Serviço de Nefrologia do Hospital Universitário de Coimbra em 2001.
A carreira futebolística e pessoal é um hino à dedicação, à devoção, ao esforço e, claro, à glória. O homem, sempre com um sorriso nos lábios, recebe-nos de braços abertos à porta do Estádio Municipal, em Coimbra. E começa logo a desbobinar conversa.
Parte I: «Eu e o Artur Jorge chumbámos numa prova oral de filosofia»
Parte II: «Na final contra o V. Setúbal, houve jogadores que perderam quatro quilos»
Parte III: «A final de 1969 com o Benfica foi o banquete de uma grande greve»