A seleção da Gâmbia viveu momentos de aflição, esta quarta-feira, na viagem para a Costa do Marfim, onde vai disputar a fase final da Taça das Nações Africanas (CAN). O avião que transportava a comitiva teve de aterrar de emergência devido a falta de oxigénio e calor extremo no interior do aparelho, que deixou vários membros da comitiva num sono profundo ou com indisposições.
Em declarações à BBC, o selecionador, Tom Saintfiet, explicou tudo o que aconteceu e afirmou que o pior podia ter acontecido se a viagem tivesse durado mais um pouco. «Adormecemos todos porque faltou oxigénio e alguns jogadores nem sequer conseguiam acordar. As pessoas ficaram com dores de cabeça e se o voo durasse mais 30 minutos, toda a equipa teria morrido», afirmou.
«O estranho é que as máscaras de oxigénio não saíram, mas ainda bem que o piloto percebeu que se tratava de uma situação mortal e voltou para trás. Mas ainda estamos em choque», acrescentou ainda o técnico. Saintfiet indicou ainda que «alguns jogadores não puderam treinar» depois do sucedido. «Ainda têm dores de cabeça e isso é preocupante, enquanto alguns jogadores ainda estão tontos. Treinámos para aliviar o stress. Queremos lutar e morrer pelo país no campo, não fora dele», concluiu.
A estreia da Gâmbia no CAN está programada para a próxima segunda-feira, dia 15. A seleção gambiana defronta o Senegal.