Em Varsóvia, Real Madrid, atual detentor da Champions League, levou a melhor frente à Atalanta, campeã em título da Europa League, e levantou a Supertaça Europeia (2-0). Los Blancos permanecem, assim, no Caminho dos Troféus, na estreia de uma estrela gaulesa pelo clube.
Kylian Mbappé, Kylian Mbappé, Kylian Mbappé. O nome que esteve nas bocas do mundo nas horas que antecederam o tão esperado apito inicial. Carlo Ancelotti, sem qualquer receio de um eventual problema de entrosamento, chamou o astro a jogo, acompanhando Rodrygo e um tal de Vinícius Júnior na frente de ataque. Um trio de sonho, pelo menos no papel.
Já o experiente Gian Piero Gasperini não abdicou da identidade coletiva. Os orobicci entraram em campo no habitual 3-4-3, com Davide Zappacosta e Matteo Ruggeri a percorrerem todo o corredor. Ademola Lookman, nigeriano que esteve endiabrado na última final da Europa League, e De Ketelaere tinham a obrigação de provocar dores de cabeça à defensiva adversária.
Velozes & Furiosos
O duelo, para alento de todos os espectadores, começou a alta voltagem, com os dois conjuntos a adotarem uma filosofia positiva, não abdicando da estrutura organizacional. Contudo, tal como era expectável, os Los Blancos assumiram as rédeas do jogo, chegando com maior naturalidade à área adversária. Como tal, aos 18', Mbappé teve muito perto de escrever a primeira página nos merengues com tinta dourada. Isak Hien tinha outros planos, negando o tento com um corte providencial.
O ritmo do jogo foi baixando com o decorrer dos minutos, sendo notória uma clara falta de inspiração no último terço. No entanto, tanto o emblema espanhol como a formação italiana anunciaram as suas relações amorosas... com os postes. Numa primeira instância, Marten de Roon, com um cruzamento traiçoeiro, viu a sua tentativa desviar num atleta merengue e prosseguir em direção ao ferro da baliza à guarda de Thibaut Courtois. Posteriormente, foi Rodrygo, solto de marcação, a ser incomodado pelo azar.
Capítulo I: chegar, marcar e vencer
O arranque dos segundos 45 minutos seguiu a mesma toada. Um jogo lento e pouco criativo. No entanto, este ideal foi desmantelado aos 60', fruto da genialidade de Vini Jr. O internacional brasileiro abriu o livro e ultrapassou o adversário direto, servindo, posteriormente, Fede Valverde, que empurrou o esférico para a baliza deserta. A finalização certeira do uruguaio galvanizou as tropas madridistas. Que o diga Jude Bellingham, que, seis minutos depois, teve nos pés uma nova ocasião soberana. Juan Musso, de forma brilhante, fechou os caminhos do alvo.
Seria só uma questão de tempo até à segunda machadada. O conjunto liderado por Ancelotti recuperou o esférico em posição vantajosa, com a bola a chegar a Bellingham. O médio inglês, com um passe milimétrico, descobriu Mbappé. A nova coqueluche do Real Madrid, com um remate potente e colocado como tão bem o caracteriza, celebrou efusivamente o seu primeiro golo com a respetiva camisola. Um golo que certamente irá ficar nos Livros da História da modalidade.
Lookman, com toda a sua imprevisibilidade, ainda procurou o golo da consolação. Porém, a sua constante mobilidade não originou oportunidades concretas para a equipa de Bérgamo. Desta forma, o Real Madrid ergueu a Supertaça Europeia pela sexta vez na sua história. Poderá ser o primeiro de múltiplos títulos na época 2024/25. Esperar para ver...