Os destaques do encontro entre o Sporting e o FC Porto, no jogo relativo à Supertaça Cândido de Oliveira, no Estádio Municipal de Aveiro, que terminou com desfecho pintado de azul e branco.
Inquieto e esfomeado
Não sabemos o futuro de Wenderson Galeno (apontado com insistência à Juventus), mas temos a certeza de um aspeto: o extremo continua a criar bastantes dificuldades às defesas contrárias, fruto do seu drible curto e, acima de tudo, da velocidade que imprime em cada jogada. Nem sempre decide bem, é certo, mas foi um dos jogadores com mais vontade para dar a volta a uma situação complicada. Puxou constantemente pelos companheiros (inclusive quando estava 3-0) e marcou dois golos. E a sua exibição a lateral?
Bem tentou ser o pesadelo...
Mas revelou-se insuficiente. Muito se falou no que toca à sua presença (ou não) neste jogo em Aveiro, mas o camisola nove demonstrou que é um elemento fundamental, independentemente da sua condição física. Conhece os companheiros como ninguém e parece que joga de «olhos fechados» com todos. Raras são as vezes em que passa mal ou toma uma decisão precipitada que condiciona a estratégia da equipa. Ainda assim, sublinhe-se, um pouco afastado do seu melhor no que toca à consistência durante os 90 (120) minutos.
Ganas vinda de Espanha
O técnico portista apostou em Danny Namaso para a posição de ponta-de-lança, mas nem isso desanimou Fran Navarro, lançado com o decorrer do encontro. O espanhol entrou com «sangue nos olhos» e deu outra energia ao ataque pintado de azul e branco. Ainda abanou as redes contrárias com uma finalização de pé esquerdo, porém, o lance foi anulado. Uma boa dor de cabeça para Vítor Bruno...
Uma «cara nova» dentro de portas
Viveu uma altura complicada no FC Porto, pois a reta final da época transata terminou com bastante polémica envolvida. Numa altura em que o FC Porto ainda não anunciou qualquer reforço para 2024/2025, o camisola 17 revelou ser uma das maiores armas de Vítor Bruno devido à sua entrega, criatividade e «magia» com a bola nos pés. Fez o Estádio Municipal de Aveiro explodir de alegria com o golo da reviravolta. Decisivo!
Sempre ele, pois claro!
Continua num ritmo elevadíssimo e a primeira parte demonstra isso mesmo. Desenhou um cruzamento «perfeito» para a cabeça de Gonçalo Inácio, sendo que, poucos minutos findados, «trocou de papel» com Viktor Gyökeres e correspondeu ao passe do sueco para o 2-0. Procura, corre, cria jogadas, finaliza com classe: existe algo que Pedro Gonçalves não consiga fazer com qualidade e critério?
Com estreias como esta...
O que estava a fazer com 17 anos, caro leitor? Ainda se lembra? Geovany Quenda, claramente, não vai esquecer esta partida tão cedo, uma vez que não podia ter pedido um início melhor com a camisola da equipa principal do Sporting e logo num clássico contra o FC Porto. Assumiu o lado direito leonino (Geny Catamo encarregou-se do esquerdo) e correspondeu na perfeição. Relembramos que a sua posição natural é mais à frente no terreno...
Um dos talismãs
Uma entrada de rompante. Foi lançado aos 63 e, um minuto findado, o FC Porto marcou o 2-3. Pouco tempo depois, acabou por assistir Wenderson Galeno para o empate. Juntamente com Iván Jaime, um dos destaques da pré-temporada portista, mexeu por completo no jogo e ficou ligado ao período de maior discernimento ofensivo por parte dos dragões. Reclamou um lugar no onze inicial de Vítor Bruno.
Longe de estar confortável
O camisola oito formou a dupla de meio-campo juntamente com Alan Varela, porém, esteve longe do seu melhor. Com a bola nos pés continua a demonstrar algumas fragilidades e o segundo golo deixou isso bem claro. Perdeu o esférico em zona comprometedora e o Sporting acabou por dilatar a vantagem. Acrescentou pouco e foi, com naturalidade, um dos primeiros jogadores a ser substituído por Vítor Bruno.
Nervosismo da estreia oficial?
Bem sabemos que camisola seis não fez toda a pré-época, mas demonstrou estar uns furos abaixo comparativamente a Coates, o antigo capitão e peça fundamental no eixo defensivo leonino. Começou concentrado, a bom nível, no entanto, foi descendo de rendimento e não conseguiu responder às oportunidades criadas por parte do FC Porto. As pernas tremeram e não foi pouco...
Uma noite para esquecer
Não foi tendo muito trabalho durante o jogo, mas acabou por ficar muito mal na figura no que toca... aos golos portistas. Revelou alguma intranquilidade com a bola nos pés e a exibição dentro dos postes não ajudou. O quarto golo dos azuis e brancos, agora no prolongamento, foi a «cereja no topo do bolo» numa exibição marcada pela negativa e que não contribuiu para um desfecho positivo na Supertaça Cândido de Oliveira. É preciso melhorar.