No aquecimento para o clássico com o FC Porto, o Sporting sai que nem gelo da Hungria. Os leões perderam por 3x0 frente a uma equipa que nunca se tinha visto em tal sucesso na Europa do futebol.
Sóstói foi palco de mais um jogo onde o Sporting não conseguiu vencer e a pergunta está no ar: Até quando este Sporting vai continuar à procura de ser «muito, muito forte»?
O desperdício verde e a eficácia húngara
Só a vitória interessava ao Sporting, mas do outro lado, Paulo Sousa estava, igualmente, obrigado a vencer.
Sá Pinto começou por provocar uma revolução no «11» ao deixar Ricky van Wolfswinkel e Cédric no banco de suplentes. Já Khalid Boulahrouz regressou aos titulares, depois de ter estado lesionado, e Gelson Fernandes foi lançado para defesa-direito.
O Sporting, desde o apito inicial, foi assumindo o controlo das operações, enquanto que o Videoton ficou na expectativa.
Nos primeiros 15 minutos, os leões estiveram por cima, embora sem criar reais oportunidades de golo.
Foram necessários 16 minutos para que Paulo Vinícios encontrasse o caminho certo para a baliza de Rui Patrício.
Na sequência de um pontapé de canto marcado à maneira curta, o guarda-redes leonino ainda fez uma grande defesa após um cabeceamento de Nikolic. Contudo, ao segundo poste, o central Paulo Vinícios, à boca da baliza, só teve mesmo de encostar para o fundo das redes.
O Videoton tinha andamento e aproveitou para ampliar a vantagem. Aos 21', os rapazes de Paulo Sousa criaram um contra-ataque, com «veneno», onde Balufo cruzou da direita para o cabeceamento certeiro de Filipe Oliveira. O português apareceu sem oposição na área leonina e não deu qualquer hipótese de defesa a Rui Patrício.
Eficácia 100 por cento. Dois remates do Videoton, dois golos para os húngaros.
Sá Pinto, no banco, tinha a vida complicada e arriscou. Rinaudo saiu para a entrada de Wolfswinkel.
O Sporting mudava de estratégia mas seriam os húngaros a voltar aos golos, ao minuto 35, depois de um erro clamoroso de Boulahrouz. Nikolic, alheio a problemas defensivos dos leões, aproveitou para rematar em arco e bater Rui Patrício pela terceira vez no jogo, ao terceiro remate.
Isto só Video(ton)
Ao intervalo o Sporting somava mais remates à baliza e zero golos. O Videoton registava três remates e... três golos.
Na etapa complementar, o Sporting tentou limpar a má imagem deixada. Sá Pinto deixou Labyad nos balneários e lançou Schaars.
Os leões ganharam garra e fibra no meio-campo com a entrada do holandês, mas seria um outro holandês quase a marcar. Wolfswinkel, de cabeça, ficou perto do golo, depois de um canto.
Seguiram-se vários minutos de claro domínio do Sporting. O Videoton, por sua vez, estava cada vez mais empenhado em defender a vantagem de três golos.
Foi nesse período que Sá Pinto voltou a alterar a matriz de jogo e colocou a sua equipa a jogar só com três defesas. Na verdade, não era preciso mais.
Antes do ponto final, duas notas: Jeffrén rematou e obrigou Bozovic, uma vez mais, a uma defesa apertada. Depois foi Ricky van Wolfswinkel, em boa posição, a não conseguir acertar na bola após cruzamento de Gelson Fernandes.
Desta forma, a Hungria voltou a ser madrasta para os leões, país no qual os leões perderam sempre.
Como entraram as equipas em campo:
3-0 | ||
Paulo Vinícius 15' Filipe Oliveira 21' Nemanja Nikolic 35' |