Vamos ter terceiro jogo em Braga. O Benfica venceu este sábado na visita ao SC Braga por 1-4 e adiou as decisões da segunda meia-final da Liga Placard 2022/23 para a próxima segunda-feira. Os encarnados cresceram no aspeto da eficácia em relação ao primeiro jogo, materializaram as oportunidades criadas e cavaram um fosso na primeira parte que um SC Braga mais atrevido na segunda metade não conseguiu fazer desaparecer.
O encontro arrancou debaixo de um belo ambiente num Pavilhão Desportivo da Universidade do Minho perto da lotação máxima e com intensidade elevada na quadra. A tensão era tanta que se sentia no ar e o Benfica procurou desde cedo sacudir qualquer tipo de pressão que pudesse ter nos ombros. A equipa de Mário Silva pegou na bola e decidiu que o jogo, ou pelo menos a primeira parte, se ia jogar ao seu ritmo.
E assim foi. Aos três minutos, Chishkala deu o primeiro aviso e Deivd disse presente. Na resposta, Allan Guilherme também obrigou Léo Gugiel a ir ao chão para evitar o 1-0 com uma grande estirada. E aos cinco... o primeiro golo. O trabalho de pivot de Jacaré foi impecável e o brasileiro pisou depois a bola para Bruno Cintra que, na passada, enrolou para a frente e rematou forte, de baixo para cima, sem hipótese de defesa para o guarda-redes contrário.
Ainda o primeiro golo se festejava nas bancadas do pavilhão, que acolheram cerca de 50 benfiquistas no setor destinado aos mesmos, e a equipa da Luz já duplicava a vantagem na quadra. Um minuto volvido, Diego Nunes colocou um passe longo para Jacaré, que fugiu à marcação de Tiago Sousa e bateu Deivd com um remate cruzado. Insatisfeito com dois golos sofridos de rajada, Joel Rocha parou de imediato o encontro.
Os ajustes feitos pelo técnico permitiram ao SC Braga crescer ligeiramente na partida e equilibrar a mesma, mas continuou a existir um problema grave na equipa da casa: criar situações de golo. Os minutos que se seguiram foram muito disputados a meio-campo, com muita luta pela posse e quase sem as balizas envolvidas. A pouco mais de seis minutos do descanso, Mário Silva também fez uso da sua pausa técnica e foi muito feliz. No regresso ao jogo, Bruno Coelho arrancou pela ala esquerda e, perante a apatia minhota, foi até ao fim. O capitão das águias passou por entre Júnior e Allan Guilherme e fez o 0-3 com um remate rasteiro. Ao intervalo, a vantagem do Benfica ajustava-se ao que tinha sido o encontro.
O intervalo fez bem aos arsenalistas, que chegaram à segunda parte mais atrevidos, com linhas mais adiantadas e dispostos a tentar reentrar na luta pelo resultado. Embora a equipa bracarense tenha subido de rendimento e sido capaz de condicionar a saída de bola encarnada como nunca até então, a verdade é que também demorou até poder realmente incomodar Léo Gugiel.
Aos 23', a melhor ocasião minhota em toda a partida foi desperdiçada por Allan Guilherme, que tinha tudo para encostar após uma grande jogada coletiva, mas acabou por o remate sair para trás. O Benfica respondeu por Jacaré, que atirou para defesa de Deivd, e o SC Braga voltou depois a causar algum frisson nos adeptos com um remate de Tiago Brito que rasou o poste da baliza contrária.
Era o melhor momento dos bracarenses na partida, conjugando uma maior solidez defensiva - Deivd foi praticamente espetador nos primeiros dez minutos - com mais posse de bola e esclarecimento em termos ofensivos. Aos 30', Ricardo Lopes já estava ao segundo poste pronto para encostar, mas Léo Gugiel teve reflexos para tirar o pão da boca ao jovem fixo.
Embora as ocasiões da equipa minhota não estivessem a ser flagrantes, o crescimento do SC Braga no encontro era notório e a equipa começava a tentar montar o cerco em torno da baliza benfiquista quando sofreu uma contrariedade que decidiu em definitivo o embate. Allan Guilherme viu o segundo cartão amarelo e respetivo vermelho a pouco mais de sete minutos do fim, deixou a equipa reduzida a quatro unidades e vai ficar fora do jogo 3. Na primeira posse de bola em superioridade numérica, o Benfica aproveitou para matar o jogo com um golo de Diego Nunes.
Com sete minutos para jogar, Joel Rocha colocou Tiago Brito com a camisola de guarda-redes e assumiu o 5x4+GR. Nesse momento do jogo, o Benfica mostrou-se solidário e competente na defesa da sua baliza, mas não conseguiu impedir o 1-4 aos 36 minutos, cortesia de Fábio Cecílio e com uma assistência deliciosa de Tiago Brito. O lance do golo, contudo, acabou por ser praticamente o único digno de registo durante o 5x4+GR bracarense, que embora tenha encostado o Benfica aos seis metros defensivos, não teve efeitos práticos.
Depois de um primeiro jogo onde a equipa do Benfica se pôde queixar apenas de si própria e da falta de eficácia, os encarnados apareceram em Braga de pontaria afinada e saíram da quadra com uma vitória justa. Segunda-feira, a partir das 19 horas, as duas equipas voltam a medir forças na Universidade do Minho para definir quem vai defrontar o Sporting na final e, ao mesmo tempo, apurar-se para a Liga dos Campeões.
1-4 | ||
Fábio Cecílio 36' | Bruno Cintra 5' Jacaré 6' Bruno Coelho 15' Diego Nunes 33' |