À grande e à brasileira: 10 golos (!) em Moreira na última vitória do campeão

I-m-p-r-e-s-s-i-o-n-a-n-t-e. Sete golos na primeira parte, mais três na segunda: um total de 10 golos (6-4) e uma amostra esclarecedora que, sem nada em jogo e de forma (talvez, demasiado) descomprimida, um jogo de futebol pode ser isto: muitos, muitos golos. Fechou-se assim um dos melhores capítulos do Moreirense na Segunda Liga, em contraste com um dos piores do SC Covilhã.

A partida, apesar da vontade e ambição ofensiva, acabou sublinhada pelas enormes debilidades defensivas de ambos os conjuntos, que consentiram golos, atrás de golos. A um certo ponto, a questão era outra: estamos a assistir a uma peladinha, em plena Segunda Liga?  

Algo que, surpreendentemente, não é caso único em Moreira de Cónegos. Esta temporada, contra o Benfica B, os cónegos venceram por 7-4 (!), sendo que, desta feita, os seis golos foram efetuados por brasileiros - Walterson Silva (hat-trick), Alan Guimarães, Madson e André Luís. Do lado contrário, Wilinton Aponzá (dois golos), Lucho Vega e Gilberto Silva marcaram os quatro golos dos serranos.

Futsal ou Futebol?

Cenário de caos no primeiro tempo: quatro reviravoltas, muita confusão, muitos erros e, claro, muitos golos. Cada tiro, cada melro: primeiro, Lucho Vega - de cabeça - abriu o marcador na sequência de um canto. Na resposta, também de canto, Madson empatou e, oito minutos depois, André Luís confirmou a primeira cambalhota no marcador. 

Walterson foi um dos destaques com três golos @Rogério Ferreira / Kapta+

14 minutos depois, mais dois golos para o Covilhã. Gilberto Silva e Wilinton Aponzá concretizaram e acabaram por dar mais ânimo à partida (e aos Cónegos). Isto porque, 10 minutos depois... mais uma remontada. Walterson Silva bisou e bem, 4-3. Caro leitor, o melhor é recordar, de forma mais detalhada, o relato ao minuto AQUI. 

No segundo tempo, mais Moreirense e, evidentemente, mais golos: Alanzinho continuou a festa brasileira em Moreira de Cónegos, depois de uma bela triangulação com Walterson e o próprio Walterson Silva, poucos minutos depois, fechou as contas do lado da casa com um golaço de pé direto.

Até final, a equipa da Covilhã esteve por cima e mais perigosa, tendo recolhidos os frutos ao minuto 55, com o último golo da noite de Wilinton Aponzá. Contas fechadas e 60 minutos do mais louco que se viu na Segunda Liga, este ano.