A Federação Italiana de Futebol (FIGC) anunciou, esta sexta-feira, que a Juventus está, novamente, sob ação disciplinar do tribunal nacional, por irregularidades salariais, relacionamentos indevidos com agentes e parcerias com outros clubes.
A vecchia signora, recorde-se, enfrentou, recentemente, uma punição de 15 pontos na Serie A, decisão que viria a ser revertida mais tarde e que aguarda nova resposta do júri. Em ambos os casos, é de salientar que o clube poderá ser advertido com a redução de pontos e, neste último processo, ainda com o afastamento da Liga dos Campeões.
Relativamente às manobras salariais de 2019/20, Andrea Agnelli e Fabio Paratici - respetivamente Presidente do Conselho de Administração e Diretor de Futebol - são acusados de violar princípios de lealdade, por terem concordado reduzir a maior parte do salário dos jogadores sem prestar contas no período de pandemia: Bentancur, Bernardeschi, Bonucci, Chiellini, Cuadrado, Danilo, De Ligt, De Sciglio, Demiral, Douglas Costa, Dybala, Higuaín, Khedira, Alex Sandro, Matuidi, Pjanic, Rabiot, Ramsey, Cristiano Ronaldo, Rugani, Szczesny. Também o treinador Maurizio Sarri está incluído.
Também em 2020/21, Chiesa, Kulusevski, Demiral, Mc Kennie e Arthur foram alvos da mesma ilegalidade, além de todos os nomes mencionados anteriormente.
Na linha de investigação que aborda os relacionamentos com os agentes, a par de Agnelli e Paratici, também Nedved, Federico Cherubini,coordenador técnico, Giovanni Manna, da equipa de sub-23, Paolo Morganti, gerente de organização do departamento de futebol, e Stefano Braghin, diretor do setor das camadas jovens, cada um na sua competência, violaram o artigo 4.º do Regulamento dos Agentes Desportivos da FIGC.
Entre 2015 e 2022, segundo o Ministério Público, a Juventus pagou a agentes desportivos por operações de transferências na ausência da intermediação de um agente e recorreu a agentes desportivos sem a atribuição de mandados, que quando não emitidos, criava fictícios. Por fim, pagaram a agentes para compensar dívidas em negociações de jogadores quando estes eram ainda jovens.
No último ponto, o emblema é acusado de estabelecer relações com vários clubes italianos onde terá assinado acordos confidenciais relativos a transações de mercado. Sampdoria, Atalanta, Sassuolo, Udinese, Bologna e Cagliari, os clubes em causa, serão avaliados após o resultado das investigações que ainda se encontram em andamento.