Vítor Campelos: «Nervosismo do Benfica? Tem de jogar a nosso favor»

Sábado é dia de receber o líder do campeonato em Chaves. Vítor Campelos, treinador do clube flaviense, lançou, esta sexta-feira, o encontro com o Benfica, da 28.ª jornada da Liga Portugal bwin, sublinhando que o nome do adversário não teve qualquer influência na forma como preparou a equipa para o jogo.

«Preparamos uma semana normal. Dentro do nosso trabalho. Temos, como dizemos sempre, o jogo mais importante da época, que é o próximo, e amanhã é o jogo mais importante da época, contra o Benfica. Sabemos que vamos defrontar uma equipa forte, por isso é que está na liderança do campeonato, mas nós também estamos confiantes e sabemos aquilo que temos feito», disse.

Nervosismo encarnado?

O conjunto liderado por Roger Schmidt somou duas derrotas importantes nos últimos dois duelos, algo que Vítor Campelos quer usar a seu favor, mas sem entrar em extremismos: «Há aspetos do Benfica que estamos atentos e temos de contrariar e explorar, mas a questão do Benfica vir de duas derrotas, com algum nervosismo ou pressão é algo que já disse em relação a outro adversário, que tem a ver com o copo meio cheio e o copo meio vazio.»

«Vamos ver a forma como vão estar e se vão apresentar. Muitas das vezes pode levar para o lado do nervosismo, mas também pode ser um fator de motivação para eles para quererem retificar o que de mal fizeram nos últimos dois jogos», disse o treinador do Desportivo de Chaves, que apontou ao objetivo da época.

«Esse nervosismo tem de jogar, com toda a certeza, a nosso favor, até porque sabemos que temos a meta de chegar aos 35 pontos o mais rápido possível; e a melhor forma de chegar lá é já no próximo jogo. Creio que será um jogo diferente do da primeira volta», disse, recordando a derrota pesada dos transmontanos no estádio da Luz (0-5).

Montra e a própria renovação

Sobre a possibilidade de vários jogadores do Desportivo de Chaves verem neste encontro uma montra para se projetarem, Campelos não nega o óbvio: «Quer queiramos, quer não - até pelo mediatismo - é um jogo com uma motivação para os jogadores se mostrarem e provarem a qualidade que têm; muitos deles são jovens e têm capacidade para jogar noutros patamares.»

Por fim, a questão da sua própria renovação: «Temos falado. As pessoas sabem, não só a administração mas toda a envolvência do clube, que eu gosto de estar cá. De qualquer das formas, eu também sou ambicioso, como é óbvio, e tenho de estar aberto a todas as possibilidades que possam surgir. Compreendo que a administração queira chegar a um acordo para preparar a próxima época. Temos falado e creio que em breve as coisas poderão estar resolvidas», atirou.