Kai Havertz, avançado do Chelsea, atravessa um bom momento no emblema londrino e aproveitou a paragem da seleções para abrir o livro numa extensa entrevista ao jornal inglês The Guardian.
O internacional alemão começou por destacar o estado atual do clube (10º classificado na Premier league), e lamentou as atitudes de alguns adeptos.
«Num momento, estão todos chateados comigo: não marco, não jogo bem, o 'Chelsea tem de me vender'. Agora, marco e toda a gente me diz que sou o melhor. Adoram-me... mas daqui a duas semanas voltam a odiar-me», começou por dizer.
Kai Havertz falou ainda da vida para além do futebol, com uma curiosidade muito particular: «Alguns dos meus colegas de equipa tratam-me por 'burro' e não é por causa do futebol que pratico».
«Desde o primeiro dia que sinto uma relação especial com os burros. É um animal muito calmo: talvez me identifique com eles porque também sou calmo. Eles estão sempre relaxados, não fazem muito, só querem viver a vida. Quando perdia, ia ter com eles. Olhava para os burros e via algo humano neles. Era um tipo de recuperação, um lugar onde estava em paz.»
O alemão falou ainda do «choque» quando recebeu a notícia da transferência de Jorginho e comentou a adaptação de Enzo Fernandéz e Mudryk ao emblema londrino.
«Uma dúzia de jogadores chegaram recentemente e não é fácil. Enzo [Fernández] e [Mykhailo] Mudryk vieram por muito dinheiro e têm apenas 22. Não podemos esperar que eles sejam 'um Neymar' imediatamente. É como eu: leva tempo», rematou.