«Ato ou efeito de render ou de render-se.» Normalmente, é assim que se define a palavra rendição. Em linguagem mais corrente, é mais fácil dizer «estávamos errados» em relação a algo ou alguém.
Aqui, falamos de Bruma. Voltou a Portugal, depois de experiências no estrangeiro, mas a chegada a Braga levantou questões. «Porquê Bruma? O que é que ele pode acrescentar?» A verdade é que, mais uma vez, ele próprio nos concedeu a resposta.
O SC Braga venceu o Rio Ave por 2-0 e tudo começou com Armindo Tué Na Bangna, de seu nome, terminando com Don Simon Banza.
Demorou e muito. Se falarmos deste duelo como uma batalha, foi um arranque muito difícil parte a parte.
Jhonatan segurava a muralha de um lado, mas Matheus não largava o escudo – como gverreiro do Minho que é e representa – do outro.
Boateng e Ricardo Horta bem tentaram quebrar barreiras, mas só Bruma o conseguiu fazer, com ajuda de Iuri. Com a defesa vilacondense em contrapé, o luso-guineense conseguiu quebrar a muralha – se bem que era algo quase antecipado.
Bruma foi, durante grande parte do tempo, o homem-chave neste duelo. Por muito que não se acredite, foi ele mesmo que desconstruiu muito daquilo que foi o Rio Ave e, isso, fundamental em grande parte das ações.
Bruma acabou por ser substituído, portanto é altura de caminhar para novos palcos… ou novas trincheiras. Pela calada, Al Musrati foi-se destacando no combate. Movimentou o SC Braga frente a um Rio Ave algo amorfo e pouco destemido no ataque.
Apesar de tudo, Miguel Baeza e Boateng ainda tentaram romper o muro, mas Matheus ergueu-o bem alto e de betão.
Quem não estava para brincadeira foi um menino que entrou a meio da «guerra». Chamemos-lhe Don Simon. Não, não estamos a fazer publicidade a bebidas, mas que deixou toda a gente de cabeça à roda? Deixou, obviamente. De bicicleta, assistido por Pizzi, Banza foi Don e senhor. Afinal, os reforços fazem jus ao conceito.
Faltou Rio Ave ao duelo... faltou bastante. O SC Braga deu a cara à luta e, tal como Artur Jorge mencionou que iria acontecer, não se renderam. E os gverreiros conseguiram vencer nova batalha.
Praticamente, o SC Braga nunca passou por momentos de aperto ao longo do encontro. Demorou a arrancar, mas encontrou-se e segurou a vitória.
Faltou quase de forma completa. Ainda com um ou dois lances de perigo, o Rio Ave não conseguiu mostrar mais (e pareceu nem ter grande vontade para tal).
Mal no amarelo a Al-Musrati - não fez mesmo sentido algum, dado que corta a bola - e ignorou (quase de forma olímpica) a mão de Patrick William, ainda que tivesse sido de fora de área. Incongruente no critério em alguns lances.