O Clásico marcou gerações, mas tem vindo a perder qualidade ao longo dos últimos anos. Com uma eliminatória a duas mãos para disputar, Real e Barcelona foram cautelosos e acabou por ser a equipa de Xavi a partir em vantagem para a partida no Camp Nou. Um autogolo aos tropeções, entre Militão e Nacho, foi suficiente para os catalães vencerem por 0-1.
A equipa de Ancelotti entrou melhor na partida e parecia que o Barcelona iria sentir falta dos jogadores ausentes por lesão. Lewandowski e Pedri falharam a partida, Christensen ficou no banco, mas a verdade é que, defensivamente, a equipa de Xavi teve uma partida irrepreensível.
No único lance de real perigo merengue, Benzema marcou em posição irregular. Pouco depois, uma perda de bola de Camavinga resultou no golo da vantagem catalã, com Kessié na jogada e os defesas do Real aos papéis.
Se o Barcelona pouco tinha atacado em toda a primeira parte, o golo acentuou ainda mais essa estratégia. Os catalães baixaram linhas e protegeram a baliza de Ter Stegen, que mostrou sempre um bom nível de segurança, assim como todos os defesas, em particular Ronald Araújo, muito eficaz na cobertura a Vinícius Junior na direita.
Na segunda parte, o Real voltou com mais energia e melhorou com as incursões de Valverde no corredor central, mas Ter Stegen acabou por não ser obrigado a grandes intervenções.
O jogo catalão não foi bonito e até fugiu bastante à identidade do clube, mas a verdade é que a vantagem para a segunda mão podia ter sido maior, não fosse o remate de Kessié, na zona de grande penalidade, ter batido em Ansu Fati quando a bola já se encaminhava para a baliza.
A segunda mão joga-se apenas em abril, o que significa que o Real terá tempo para corrigir os erros desta partida. No entanto, também significará, à partida, os regressos de Pedri e Lewandowski. Por agora, o Barcelona espreita o dublete.
0-1 | ||
Éder Militão 26' (p.b.) |