A certa altura, o cenário não parecia favorável ao FC Porto, mas o arranque implacável na segunda metade valeu os três pontos. Nesta visita à Madeira, no seguimento da conquista da Taça da Liga, os portistas triunfaram por 0-2 sobre o Marítimo, a contar para a 18.ª jornada da Liga Portugal bwin.
Para o embate com os dragões, José Gomes quase repetiu a fórmula utilizada perante o Estoril Praia, com Stefano Beltrame a render o castigado João Afonso e Brayan Riascos a acompanhar Pablo Moreno no ataque. Do lado portista, Sérgio Conceição fez Diogo Costa regressar à baliza e surpreendeu ao apostar em Bernardo Folha para o lugar de Stephen Eustáquio.
Cientes da distância pontual para a liderança, os homens da cidade Invicta entraram a mandar. Com mais bola, os azuis e brancos foram os primeiros a assustar, só que o cruzamento atrasado de Otávio não encontrou destinatário. Remetidos a um papel de maior expectativa, os insulares souberam lidar com este ímpeto portista e responderam com agressividade na pressão e contragolpes.
Paralelamente, ocorreu uma chuva forte no Caldeirão dos Barreiros, pautada pelas cores amarela e vermelha. O árbitro Fábio Veríssimo não conseguiu controlar da melhor forma o espírito combativo dos jogadores e acabou por mostrar vários cartões, que levaram às expulsões de Bernardo Folha e Pablo Moreno, assim como de Sérgio Conceição e do seu adjunto Vítor Bruno.
Perante o critério apertado demonstrado no primeiro tempo, ao intervalo, José Gomes tirou de cena dois amarelados e Brayan Riascos, para lançar Nito Gomes, Percy Liza e André Vidigal. Já do lado portista, Evanilson rendeu o apagado Mehdi Taremi no ataque. Estas mexidas acabaram por tirar gás e agressividade aos funchalenses e isso refletiu-se no marcador.
Este par de golos acabou por sentenciar a partida e o FC Porto caminhou para a vitória com toda a tranquilidade. Assim, os pupilos de Sérgio Conceição chegaram as 42 pontos e subiram provisoriamente ao segundo lugar, a oito pontos do líder Benfica (tem mais um jogo). Já o Marítimo continua em zona de descida, no penúltimo posto, com 13 pontos.
Nota negativa para Fábio Veríssimo, muito por culpa do critério apresentado. Num jogo combativo e com vários duelos, o juiz leiriense aplicou um critério excessivamente apertado, que resultou nas expulsões de Bernardo Folha e Pablo Moreno, que facilmente poderiam ser perdoadas. Acabou por estragar o jogo e as estratégias de José Gomes e Sérgio Conceição, que também foi expulso, assim como o seu adjunto Vítor Bruno.
Sem a inspiração necessária no meio, a chave da vitória portista esteve nas linhas. Wendell, Pepê e Wenderson Galeno desequilibraram muito e construíram esta vitória azul e branca.
O Marítimo, como tem sido hábito, pressionou com agressividade e o FC Porto também respondeu com um bom espírito combativo. Contudo, o árbitro Fábio Veríssimo não alinhou nesta forma de jogar e puxou várias vezes do cartões. Não foi a melhor forma de assumir as rédeas do jogo.