O clássico dos bês, entre Benfica e FC Porto, terminou com empate a duas bolas. Depois de uma primeira parte de ritmo morno e claro domínio portista, o segundo tempo foi bem mais equilibrado e animado. Em 45 minutos, quatro golos e uma bola ao poste animaram um jogo onde a ténue diferença entre os dois conjuntos ficou uma vez mais evidente.
Com Gonçalo Borges a servir de reforço, o FC Porto foi superior na primeira parte. A equipa de Folha controlou a posse de bola e teve as grandes oportunidades dos primeiros 45 minutos.
Na primeira vez que jogou pela equipa B, André Gomes deu nas vistas com duas enormes intervenções praticamente consecutivas, uma delas a servir para evitar um golo quase certo de Wendel, que tinha sido isolado por Nuno Varela.
O primeiro remate benfiquista surgiu perto do intervalo, na sequência de uma jogada individual de Luís Semedo. Depois de uma primeira parte quase só a ver jogar, Luís Castro pediu mais aos seus jogadores e a segunda parte foi bem diferente.
O arranque mostrou logo um Benfica mais intenso e objetivo, o oposto daquilo que mostrou nos primeiros 45 minutos. Só que numa primeira fase a equipa de Folha conseguiu equilibrar e foi em ritmo acelerado que a bola passou pelas áreas dos dois conjuntos.
Curiosamente, o golo de João Marcelo, que nasce na sequência de um pontapé de canto batido à esquerda, foi o toque necessário para o crescimento definitivo da equipa benfiquista.
A reação da equipa de Luís Castro foi imediata, não só em quantidade, como em qualidade. Depois de algumas iniciativas interessantes, com Henrique Pereira a aparecer cada vez mais à esquerda e Ndour a evidenciar-se após a saída do apagado Paulo Bernardo, o Benfica B cresceu e chegou ao empate, por Gerson Sousa.
Esse foi o pior período da equipa de Folha, que sentiu nas pernas o peso de uma primeira parte a carregar as despesas da partida. O Benfica aproveitou essa fase e colocou-se na frente do marcador num lance de aproveitamento de Henrique Pereira.
O triunfo benfiquista parecia certo, só que Bernardo Folha, praticamente a seguir, num lance de insistência na grande área, rematou em queda e fez o empate, coroando uma boa exibição individual (a melhor para o zerozero) com o golo que evitou o desaire portista e a ultrapassagem benfiquista na tabela. Os encarnados ainda procuraram algo mais, mas o cabeceamento de Pedro Santos esbarrou no poste da baliza de Roko (que antes tinha evitado o golo de Ndour) e o empate, no domínio e no resultado, acabou por permanecer.
2-2 | ||
Gerson Sousa 66' Henrique Pereira 86' | João Marcelo 52' Bernardo Folha 88' |