O segundo adversário dos Heróis do Mar nesta Main Round do Mundial 2023 é Cabo Verde, mais uma nação da lusofonia e uma das que mais tem crescido no panorama internacional andebolístico.
A presença dos caboverdianos no último certame, apesar de acidentada, foi um forte indício do que estava para vir. Um ano e meio depois, os comandados de Ljubomir Obradovic voltaram a fazer história, ao sagrarem-se vice-campeões africanos e apurarem-se para o Campeonato do Mundo.
Neste Mundial, os caboverdianos já garantiram a melhor classificação de sempre (na estreia, em 2021 ficaram no 32.º e último lugar) com a vitória diante do Uruguai, mas seguiram-se três derrotas, contra Suécia, Brasil e Islândia. Agora, é a vez de defrontarem Portugal.
Num embate que vai colocar frente a frente várias caras conhecidas, atuais e ex-companheiros de equipa, Portugal e Cabo Verde vão lutar para manter vivos os seus objetivos distintos. No último encontro entre estas duas nações, há mais de dois anos, a seleção das quinas levou a melhor, numa partida amigável disputada na Maia.
Para ajudar na análise aos Tubarões Azuis, o zerozero falou com António Santos, experiente técnico que trabalhou em terras caboverdianas e é um admirador profundo dos seus andebolistas. O técnico de 68 anos foi perentório a apontar Ljubomir Obradovic e a sua metodologia de treino e trabalho como a base para o sucesso.
Quanto aos candidatos ao título, o treinador do IFC Torrense apontou um quarteto forte. Sobre a seleção portuguesa, considerou que os quartos de final ainda são possíveis e lembrou que os caboverdianos estão a trabalhar para a melhor prestação de sempre.
«Os candidatos ao título são Noruega, Suécia, Alemanha e a crónica França. Portugal pode chegarr aos quartos de final, apesar do empate com o Brasil poder ter hipotecado esse objetivo. Quanto a Cabo Verde, já conseguiu o feito de entrar na Main Round e agora está a jogar para a melhor classificação da sua história nesta competição», analisou.