Largos são os anos desde que Espanha e Marrocos pela primeira vez se intrometeram na história um do outro, estreito é o espaço que separa geograficamente estas duas nações de continentes diferentes. Larga é a distância entre as duas seleções de futebol, historicamente, mas bem mais curto é aquilo que as separa nesta ocasião.
Um dos jogos mais entusiasmantes nos oitavos do Campeonato do Mundo é este, entre a equipa sensação da prova e a equipa europeia que guarda o favoritismo e espera confirmá-lo. Não estão causas religiosas nem económicas em jogo, apenas o estatuto e glória de quem com sucesso navegar este Estreito de Gibraltar, para atracar nos quartos de final.
África e Europa: uma tendência
Aquilo que dá a Espanha o favoritismo vai bem para lá do título mundial de 2010, ou dos jogadores espalhados por equipas candidatas à conquista da Liga dos Campeões. É a história destes confrontos, que tendencialmente caem para o velho continente.
Dos 10 encontros entre África e Europa na fase a eliminar do Mundial, apenas um terminou em qualificação africana (Senegal sobre a Suécia, em 2002). Todos os outros sorriram à Europa, incluindo a única presença marroquina além da fase de grupos: em 1986, no México, caíram perante a Alemanha (0-1).
Mais um reencontro do Mundial passado �Getty /
Espanha já sabe o que é perder (2-1, com o Japão), mas também já mostrou que consegue dominar um adversário ao ponto de registar a maior goleada da competição (7-0, com a Costa Rica). Passaram em segundo lugar, mas Luis Enrique atribui isso a um deslize de 10 minutos numa fase de grupos que, nos outros 260, foi bem trabalhada.
Saliente-se também que este não é o primeiro confronto entre estas duas seleções em Mundiais. Há quatro anos, na Rússia, Espanha e Marrocos estiveram no mesmo grupo (com Portugal) e só não houve triunfo africano porque Iago Aspas fez o 2-2 nos descontos. Nada é garantido...
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