O terceiro classificado do Mundial 2018 é o primeiro dos grandes a cair em 2022. Contra a Croácia, a Bélgica sabia que só uma vitória dava o apuramento sem depender de terceiros, mas acabou por não conseguir acordar a tempo de desfazer o nulo que ficou até ao fim.
A primeira parte foi muito insuficiente para o lado belga e mesmo a segunda parte só teve mais cor devido a Lukaku e os seus falhanços inacreditáveis. Apesar de ser apenas em segundo, segue em frente a Croácia, que soube sempre ser bem mais pragmática no jogo...
A saúde destes Diabos Vermelhos já não era boa há muito tempo. Esta fase de grupos mostrou-o desde bem cedo, com a Bélgica a ficar muito longe daquilo que o mundo sabe que é capaz. Voltou a ser assim contra a Croácia, numa primeira parte a roçar o miserável para o lado belga.
O sinal mais foi sempre para o lado croata, que sem forçar muito acabou por gerir e controlar o jogo com um resultado que lhe convinha - o empate chegava para seguir em frente na prova. O miolo que Brozovic, Kovacic e Modric formaram mais uma vez tomou muito bem conta do recado e a bola tornou-se um brinquedo para trio, que fez correr muito o adversário.
Romelu Lukaku. Claramente numa forma bem duvidosa, o temível ponta de lança coloca qualquer defesa em sentido só estando em campo. Sabe todos os espaços da grande área de cor. Acertar na baliza é que parece ser outro tema para o nove belga. Foram três as oportunidades clamorosas de golo, com a última a ser uma gota de água: com a baliza à sua mercê quis finalizar... de peito. E viu a bola ser cortada.
Pelo meio das perdidas de Lukaku, Modric e os seus amiguinhos pegaram na bola e voltaram a brincar com ela. De pé para pé, de substituição para substituição, os minutos iam passando e o apuramento estava cada vez mais perto. Acabou por ficar selado após algum sofrimento causado pelo grandalhão Lukaku, que acabou a mostrar que o pisar dos grandes palcos ficou no passado...
Modric joga tanto, caro leitor! Não é surpresa nenhuma se acompanha futebol de há alguns anos a esta parte, mas a classe que o capitão croata coloca em campo é impressionante. Comandou como uma orquestra a equipa da Croácia, num controlo absoluto de um jogo que até podia ter caído para o seu lado...
A primeira parte é o espelho do fim desta geração. A Bélgica foi uma verdadeira nulidade antes do intervalo e só melhorou na segunda porque a presença de Lukaku na área, só por si, assusta os adversários. Ainda assim, faltou muita coisa e não há volta a dar: a Bélgica não mostrou o suficiente para seguir em frente.