O grupo de Portugal arranca com um nulo e com a certeza de que os lusos são favoritos para o apuramento. Coreia e Uruguai deram mais um jogo mexido, mas que voltou a deixar o sentimento de desilusão no ar.
A entrada da Coreia foi impressionante. Podemos mesmo a expressão «fartaram-se correr» nos minutos iniciais e isso pareceu surpreender a seleção do Uruguai. Agora, se há grupo de jogadores que não têm grandes problemas em aumentar a intensidade para igualar e ultrapassar a do adversário é este.
Por isso, passados os primeiros 10/15 minutos, o jogo entrou no caminho que se imaginava. O Uruguai controlava a bola, tentava encontrar espaço para explorar a velocidade de Darwin, enquanto a bem organizada seleção da Coreia se mostrava confortável em sair em velocidade, sempre que recuperava uma bola.
Apesar da qualidade individual dos jogadores da Celeste, foram muito poucas as oportunidades de golo durante todo o jogo. Na primeira parte existiram as duas principais, com Darwin Núñez (falhou desvio numa boa jogada) e Godín (cabeçada ao poste num canto) a serem os protagonistas.
Por seu lado, o Uruguai continuava a estar amarrado e sem ideias, ainda que a entrada de Cavani tenha ajudado a equipa orientada por Diego Alonso a ter mais objetividade e presença na área.
As duas seleções acabaram por ter mais alguns lances de perigo, com destaque para Darwin que, num remate em arco, esteve perto de marcar, mas fomos percebendo que só um erro ou um lance fortuito poderia acabar com nulo e isso nunca aconteceu. A baliza da Coreia ainda viu uma bola a bater na parte exterior do poste (remate de Valverde) e Son criou perigo num remate de longe, mas não deixou de ser pouco.
Esperava-se mais das outras duas equipas do grupo de Portugal, mas, retirando algo de positivo de um nulo (resultado que nunca se gosta muito), é que a seleção nacional tem mais do que equipa para vencer qualquer um destes adversários!
As equipas de Paulo Bento nem sempre encantaram, mas sempre tiveram a capacidade de ser equilibradas e organizadas. Esta Coreia não foge à regra. Mesmo sem conseguir mandar no jogo, manteve-se sempre tranquila e segura no jogo.
O jogo teve largos minutos de completo marasmo. Ia tendo momentos de emoção pontual, mas durante muitos períodos de tempo pouco futebol ofensivo real existiu. O Uruguai tem mais responsabilidade nisto.